A CGTP-IN vai solicitar novamente reuniões aos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros para abordar a situação laboral da base das Lajes, passados sete meses do primeiro pedido, que ainda não teve resposta.
“Em anteriores negociações, sempre que os governantes se mantiveram em silêncio, as consequências foram desastrosas”, frisou, em declarações à Lusa, Vítor Silva, coordenador da CGTP-IN/Açores, justificando a insistência.
Segundo Vítor Silva, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, e a Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT) da base solicitaram reuniões com o Governo da República em fevereiro deste ano por causa das negociações da redução do efetivo norte-americano na nas Lajes, anunciada pela administração dos EUA, mas até à data não obtiveram resposta.
O coordenador da CGTP-IN/Açores disse ainda que tem havido “alguns comportamentos menos corretos” por parte de “algumas gerências” norte-americanas, que se têm aproveitado do “momento difícil do ponto de vista psicológico” dos trabalhadores.
“É pena que uma pequena minoria se aproveite deste momento”, lamentou, acrescentando que a mão-de-obra portuguesa é “bastante empenhada, qualificada e barata para os americanos”.
Vítor Silva salientou que os trabalhadores querem “perceber o que é que tem sido feito” pela parte portuguesa, acrescentando que as informações que o sindicato pretende transmitir ao Governo podem ser utilizadas como um “instrumento de trabalho” nas negociações com a administração norte-americana.
A troca do titular da pasta dos Negócios Estrangeiros não altera as esperanças de Vítor Silva, que considerou que será “difícil” chegar à fala com os ministros.
“Temos a certeza de uma coisa: se formos ouvidos e, atendendo ao conhecimento de causa que temos sobre esta matéria, será fácil fazer perceber a qualquer ministro as nossas posições”, frisou.
Lusa
