“Em três dias pilotos podem passar dos Q200 para os Q400”

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Segundo a Bombardier, fabricante dos aviões Dash Q200 e Q400, que vão substituir os ATP e o Dornier na frota da SATA, “é perfeitamente normal” que os pilotos da companhia aérea operem os dois aparelhos.

Sam Cherry, responsável pela apresentação dos Dash Q400 Next Gen no Paris Air Show – evento que decorreu durante a semana passada – garante mesmo que os pilotos que estejam acreditados para voar os Q200, necessitam de uma formação de apenas três dias para assimilarem as diferenças entre as duas aeronaves.

O representante da Bombardier reconhece, no entanto, que existem algumas diferenças, como, por exemplo, o facto de ser “um avião muito maior”, mas refere que “o cockpit tem quase tudo em comum”.

No que diz respeito às velocidades, inclinações e outras limitações máximas e mínimas que os pilotos devem conhecer muito bem em cada aeronave, Sam Cherry reconhece que existem diferenças, “porque o Q400 é um turbo-hélice rápido, enquanto o Q200 é um turbo-hélice convencional”, acrescentando que “durante os três dias do curso, há uma série de diferenças a que o piloto vai ter que se habituar”.

Mesmo assim, o representante da fábrica canadiana reitera que “é perfeitamente natural que os pilotos passem de um avião para o outro, não há problemas de qualquer tipo”.

Recorde-se que a SATAjá anunciou que os pilotos vão voar nos dois aparelhos. Decisão tomada com base no facto de terem o mesmo ‘type rating’, ou seja, foram classificados pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) como aviões “equivalentes”. Além disso, a companhia aérea alega que há um único curso para a obtenção da qualificação para pilotar as versões 100, 200, 300 e 400 dos Dash, sendo necessário, para operar vários modelos em simultâneo, apenas um treino sobre as suas diferenças.

A transportadora aérea já fez questão de referir que “não havendo impedimento legal à operação simultânea e sucessiva dos pilotos da SATA nas duas variantes que vão constituir a frota, cabe à empresa estabelecer os critérios de utilização dos pilotos, segundo os respectivos padrões de qualidade e proficiência e adoptando as boas práticas de outros operadores”.

Segundo a Bombardier, esta operação “mista” de vários modelos Dash é realizada por várias companhias aéreas sem que tenha havido qualquer problema, ideia, aliás, também já transmitida pela SATA num passado recente.

Para além das semelhanças na pilotagem dos dois aparelhos da Bombardier, Sam Cherry destaca ainda os elementos comuns no que diz respeito à sua manutenção, já que utilizam os mesmos equipamentos de terra.

Os dois Dash Q200 comprados pela SATA, e que já se vêem no céu dos Açores, começam a operar com passageiros nas próximas semanas, enquanto os Q400 chegam apenas ao longo dos primeiros três meses de 2010.

Por esta altura, os pilotos que já estiverem a operar os aviões mais pequenos da nova frota da SATA devem realizar o curso de adaptação aos Q400.

in AO

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