Um manual de actividades de desenvolvimento motor e cognitivo para portadores de deficiência foi o que nos propôs no passado dia 30 de Junho Joana Cristina Rosa, finalista do curso de Animador Sociocultural da Escola profissional da Horta (EPH).
Para defender a componente prática da sua Prova de Aptidão Profissional (PAP), Joana convidou os centros de actividades ocupacionais (CAO’s) do Faial e do Pico e a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF) e promoveu um dia diferente “ESPECIALMENTE PARA TI”, demonstrando que ser diferente não é ser incapaz, e que as pessoas com deficiência conseguem fazer as mesmas actividades desde que se respeite o tempo de cada um na sua diferença.
A manhã começou com momentos de dança para descontrair. Os utentes dos CAO’s e da APADIF socializaram depois com alunos e formadores da EPH enquanto visitavam a Exposição “ Arte para Todos”, com venda de peças de cada um dos Centros. Seguiu-se Futsal adaptado, Pedy Papper, momentos culturais e cada centro apresentou uma actividade. O Centro de Actividades Ocupacionais dos Jovens da Ilha do Pico apresentou a peça de teatro “ Menina e a laranjeira”, a APADIF um momento de dança e o Centro Actividades Ocupacionais da Santa Casa da Misericórdia da Horta exibiu a sua versão da “Chuva de Estrelas”.
Os formando da Escola profissional agradeceram este dia aos Utentes destas associações com um momento de dança protagonizado pelo Grupo de dança Pró – Ritmo.
Joana Rosa justifica este projecto, com um défice que considera existir nesta área, onde diz não existir muitas publicações que ajudem os monitores na escolha das actividades a ter com os utentes e que favoreçam o desenvolvimento motor e cognitivo dos portadores de deficiência, “pois é muito raro encontrar jogos e actividades para este público-alvo”. Trabalhar este projecto visando uma futura publicação é o seu objectivo.
Depois de no estágio ter exercido funções de animadora no Centro Ocupacional do Pico, Joana não tem dúvida de que a sua trajectória profissional passa por esta área. Ao terminar este curso, a formanda conta prosseguir os estudos universitários e tornar-se uma mais-valia ao serviço de pessoas com necessidades especiais.
“É o meu sonho”, diz sem hesitar, com um brilho de esperança nos olhos.
