“Os jovens que realizam o Estagiar L, U e T são abusados, explorados, e tratados como mão de obra barata”, disse Zuraida Soares, lamentando a posição do PS, que hoje votou contra o acesso dos estagiários a 15 dias de férias por ano. Recorde-se que estes estágios têm uma duração entre um a dois anos, sem o que o estagiário tenha direito a qualquer dia de férias.
Concordando com a afirmação do deputado do PS, Berto Messias, que disse não haver “programas de estágio perfeitos”, Zuraida Soares lamentou que a maioria socialista no Parlamento não estivesse disponível para viabilizar o melhoramento destes programas de estágio, começando pela aprovação do documento apresentado hoje.
“Nenhum jovem compreenderá que o PS vote contra este projecto de decreto legislativo” com a desculpa de que a figura legislativa não seria a mais correcta, disse a líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda, ainda durante a discussão do diploma. Perante as perguntas directas das várias bancadas da oposição, sobre o conteúdo da proposta, a secretária regional do Trabalho e Solidariedade Social nada disse.
“Além de ser um direito elementar, o direito a férias teria, logicamente, uma influência positiva no empenho e dedicação dos estagiários, com efeito na sua produtividade”, acrescentou a deputada do Bloco de Esquerda.