O cabeça de lista do CDS-PP Açores às Eleições Legislativas de 27 de Setembro, Félix Rodrigues, afirmou, esta sexta-feira, que para o seu Partido “segurança é liberdade e que liberdade é poder dormir descansado”, acrescentando que “a questão da falta de segurança no País é extremamente preocupante” para os populares.
Em São Jorge, depois de uma visita à Esquadra da PSP das Velas, Félix Rodrigues apontou as falhas indicando as soluções: “Há falta de efectivos. O CDS-PP propõe contratar mais polícias. As instalações das forças de segurança estão degradadas, aliás, como todo o património do Estado na Região. É preciso investir nas infra-estruturas”.
“A insegurança cresce diariamente nos Açores. Temos uma média de 21 queixas por dia nas nossas esquadras o que significa, no mínimo, uma média de 6000 queixas por ano na Região de pessoas que se sentiram incomodadas. E é curioso que a percentagem de queixas não corresponde à percentagem da população, ou seja, meia dúzia de pessoas numa ilha pode estragar a vida da maioria dos que lá vivem”, frisou.
Por isso, defendeu o candidato centrista, “é preciso que a segurança ande a par com a justiça”, isto é, especificou, “é inadmissível que alguém sendo agredido passe mais tempo na esquadra a preencher formulários do que o agressor que sai em liberdade porque se trata de um delito ligeiro”.
Assim, concretizou, “há necessidade de termos muito mais segurança nos Açores e isto é uma responsabilidade da República”. Mas há também, salientou, “que dignificar o trabalho dos policiais no Continente e nos Açores”, assim como “há que dignificar a autoridade civil no nosso País”, pois “só assim é que seremos livres e responsáveis”.
Frisando que o CDS-PP “defende a política próxima do cidadão”, o cabeça de lista popular à Assembleia da República lamentou que “no caso da segurança a política esteja muito longe do cidadão e desrespeitosa para quem presta um serviço muito útil à Região e ao País”.
Abordando temáticas relativas à segurança e à justiça, Félix Rodrigues afirmou ainda que, em termos da justiça, “o CDS-PP defende ideias muito claras”, nomeadamente defendem que “devemos perdoar àqueles que conseguimos perdoar”, ou seja, “quem for agredido se quiser perdoar, o Estado não tem nada a ver com o assunto, mas se não conseguir perdoar não é o Estado que tem moralidade para dizer que o agressor deve ser perdoado”.
Isto porque, prosseguiu, “temos direito a fazer queixas, mas também temos direito a ser respeitados quando somos vítimas de agressão” e que “a justiça não penaliza como deve ser alguém que comete um crime”. Mais claro, Félix Rodrigues disse que “a justiça não pode condenar da mesma maneira alguém que perpetua um crime com alguém que só cometeu um crime na vida”.
Por outro lado, Félix Rodrigues considera que a justiça não pode ter férias. Ou seja, advertiu, “as pessoas tiram férias, mas eu nunca vi um bandido tirar férias; aliás, normalmente aproveita é as férias dos outros para lhe entrar em casa” e, portanto, “neste contexto, a justiça não pode tirar férias”.
Para o candidato do CDS-PP às Legislativas de 27 de Setembro, “a justiça tem que trabalhar em contínuo, como os médicos trabalham em contínuo, porque a saúde não fica de férias. Há férias para algumas profissões, mas há outras que não podem tirar férias”, rematou.