Terminou a II edição do Panazorean – Festival Internacional de Cinema sobre migrações e interculturalidade, organizada pela Associação dos Imigrantes nos Açores – AIPA
De 11 a 20 de abril o Teatro Micaelense foi o palco de exibição das 17 longas e 20 curtas de 23 países, que estiveram em competição neste festival, e ainda da homenagem a Zeca Medeiros, realizador açoriano.
O filme “The Argentinian Lesson”, de Wojciech Staron, foi grande vencedor do grande prémio Panazorean International Film Festival.
Wojciech Staron realizou em 1998 o “The Siberian Lesson”. A sua esposa muda-se para a Argentina para dar aulas a uma comunidade polaca que lá reside e chegou o momento de filmar o novo episódio batizado “The Argentinian Lesson”. Neste documentário Janek, o seu filho mais velho, faz amizade com uma jovem argentina de origens polacas e, através deles, assistimos à passagem da adolescência ao mundo adulto. Um mundo duplamente novo para Janek, quem, ainda assim, nunca se sente como um estranho senão como um observador maravilhado.
Ainda nesta categoria, o júri do Panazorean deliberou atribuir uma menção especial ao filme “El Etnógrafo” do argentino Ulises Rosell.
O prémio de melhor longa nacional foi atribuído ao filme “Deportado”, de Nathalie Mansoux. Um documentário que fala sobre deportados dos E.U.A, onde cresceram e viveram, e que são obrigados a regressar à sua terra natal, os Açores, devido a penas criminais. Sem expectativas de encontrar uma nova vida numa ilha a que já não pertencem, vão-se deixando desanimar em centros de acolhimento.
O filme “Wakasa”, de José Manuel Fernandes, recebeu nesta categoria uma menção especial do júri.
O melhor filme do prémio Açores foi para “Adormecido”, de Paulo Abreu.
A curta-metragem vencedora do prémio de melhor curta internacional foi “Welcome and… our condolences”, de Leon Prudovsky, que venceu também o prémio Onda Curta, que se traduz na aquisição de direitos de exibição televisiva neste programa da RTP2.
O júri atribui uma menção especial ao filme “Einspruch VI”, de Rolando Colla, na categoria de melhor curta internacional.
“Cerro Negro”, de João Salaviza , recebeu o prémio de melhor curta nacional e, ainda, nesta categoria o júri atribui uma menção especial à curta “O Refugiado”, de Rui Cardoso.
O filme “Santa Maria connection”, de Eberhard Schedl, venceu o prémio Macaronésia .
O júri deliberou ainda atribuir uma menção especial ao filme “Alabote”, de João Botelho e João Garcia.
Foram ainda premiados o realizador Pedro Peralta como novo talento nacional com o filme “Mupepy Munatim” e João Rodrigues com “A Nossa Casa” como novo talento regional.
Os prémios do público foram atribuídos aos filmes “Welcome and… our condolences”, de Leon Prudovsky (internacional) e “Deportado”, de Nathalie Mansoux, (nacional).
O público elegeu, ainda, ao filme “História dos Açores” de Tiago Rosas e Víctor Descalzo o prémio do público regional.