Cerca de 250 açorianos já recorreram à ajuda da Unidade de Apoio ao Sobreendividamento, criada pelo Governo da Região Autónoma.
A média é de 30 pessoas por mês: os números falam por si e são o reflexo do endividamento de muitos agregados familiares que já não conseguem cumprir com os seus compromissos bancários.
Quando as facturas começam a amontoar-se e as empresas de créditos a ameaçar com penhora de bens, é nessa ocasião que as famílias recorrem à Unidade de Apoio ao Sobreendividamento.
A maior parte são casais, sem filhos, e 75 % tem mais de três dívidas a diferentes entidades bancárias.
Paulo Franco, Coordenador da Unidade de Apoio revela como principal questão o excesso de dívidas e, quando um qualquer percalço acontece, tudo piora, até porque, algumas famílias estão mesmo sem saída para gerir os seus rendimentos: casos há de 10, 11 e até 12 créditos diferentes, sobretudo a empresas de crédito fácil.
Para todos os casos, a Unidade de aconselhamento dá uma orientação, mas, a palavra de ordem é poupar, o que nem sempre é fácil, uma vez que, 50% das famílias endividadas recebem menos de 1 000 euros por mês.
