PSP detém funcionário dos CTT por desviar encomendas

O Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou hoje a detenção de um funcionário dos CTT, suspeito dos crimes de peculato e violação do segredo de correspondência, o segundo caso em menos de um mês.

A PSP avança que o suspeito, de 41 anos, foi intercetado à saída do posto de trabalho na posse de três envelopes provenientes de um banco dos Açores com 12.500 libras inglesas. O funcionário tinha ainda consigo 1.000  dólares americanos e 3.275 euros. 

O homem foi detido na segunda-feira de manhã na sequência de uma denúncia dos serviços de auditoria e inspecção dos CTT, que verificaram o extravio de várias encomendas postais ao longo dos últimos meses. Em menos de um mês, este é o segundo funcionário dos CTT detido pelas autoridades, na Grande Lisboa, pela prática dos mesmos crimes.

O suspeito agora detido trabalhava no Centro de Distribuição de Correspondência de Cabo Ruivo onde era responsável pela zona de correio aéreo nacional, seleccionava as encomendas postais de valores, normalmente remetidas por bancos dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.

Após a detenção, as autoridades efectuaram uma busca domiciliária, tendo encontrado 2.400 dólares americanos, 635 euros, duas colecções de moedas e talões de câmbios de moeda estrangeira no valor de vários milhares de euros.

Em comunicado, a PSP informa que os CTT estimam que o funcionário se tenha apropriado, ao longo dos últimos meses, de valores que rondam as várias dezenas de milhares de euros, grande parte deste valor em moeda estrangeira.

O suspeito, sem qualquer tipo de antecedentes criminais, foi presente no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, para primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de apresentações periódicas na esquadra policial da área de residência.

A 19 de Março, a Divisão de Investigação Criminal da PSP já tinha efectuado a detenção de um outro funcionário dos CTT, de 59 anos, pelo mesmo tipo de crime.

O trabalhador recolhia as encomendas e a correspondência na loja dos CTT dos Restauradores e devia transportá-las até à central dos correios de Cabo Ruivo.

De acordo com a PSP, durante esse trajecto o homem fazia uma curta paragem, onde seleccionava as encomendas a violar, escolhendo normalmente os volumes maiores, livrando-se posteriormente da correspondência violada que não lhe interessava.

Depois de presente a primeiro interrogatório judicial, o tribunal decretou como medida de coação o Termo de Identidade e Residência

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