O Governo dos Açores assegurou hoje que “não está em causa” qualquer questão relacionada com a saúde pública na sequência de notícias relativas à presença da toxina aflatoxina M1 em alguuns lotes de leite na região.
A RTP/Açores revelou hoje que o grupo Bel Fromageries retirou na sexta-feira lotes de leite UHT do mercado por ter sido detetada a presença de aflatoxina M1, que resulta do aparecimento de bolor num cereal utilizado nas rações.
Uma nota do gabinete de imprensa do Governo dos Açores hoje divulgada refere que a Secretaria Regional dos Recursos Naturais tem “acompanhado” e “monitorizado”, através do Laboratório Regional de Veterinária, a situação identificada, visando a “avaliação da eficácia” das “várias medidas preventivas” quanto à comercialização de leite UHT produzido na ilha de São Miguel e “corretivas no que toca à produção de rações na mesma ilha, que “foram” e “estão a ser implementadas” pelos diversos intervenientes.
Ainda de acordo com a mesma nota, no que concerne às rações produzidas com o lote de milho proveniente da Bulgária, identificado como sendo a “causa desta situação”, as mesmas foram “recolhidas de circulação” e “vão ser destruídas”, bem como “reforçados os mecanismos de controlo” relativos à alimentação animal.
No que concerne ao leite UHT produzido na ilha de São Miguel, não “estando em causa”, pelas “quantidades e pelos níveis envolvidos”, aferidos pelas normas internacionais, “qualquer questão” relacionada com a saúde pública, o Governo dos Açores considera que o procedimento seguido pelas indústrias de lacticínios que comercializam leite UHT, e que consiste na retirada desse leite da distribuição, “constitui o procedimento preventivo adequado” à corrente situação.
“Regista-se, assim, a correta implementação das medidas preventivas adequadas à salvaguarda dos elevados padrões de qualidade e segurança do leite dos Açores. Não obstante, o Governo dos Açores mantém a monitorização da presente situação no sentido de garantir a eficácia e o cumprimento das medidas implementadas pelos diversos intervenientes”, conclui a nota do executivo açoriano.
Lusa