O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores, afirmou hoje na Horta que nos Açores, “a crise social desmente o discurso oficial. Os açorianos são os portugueses que mais Rendimento Social de Inserção recebem; que maior risco de pobreza correm; que piores resultados escolares têm; somos os Portugueses que mais tempo aguardam por uma cirurgia, uma consulta de especialidade ou um exame complementar de diagnóstico em listas de espera que só encontram semelhante num país do terceiro mundo.”
Na intervenção que fez no encerramento do debate parlamentar, Artur Lima defendeu que “ser oposição não é estar sempre do contra. Ser oposição é saber ser crítico, exigir transparência, reivindicar verdade e também apresentar propostas que sirvam todos. Ser oposição é exigir que se governe para todos e não apenas para os apoiantes partidários”.
Nesse sentido, sobre os documentos provisionais da Região para o próximo ano, e sempre sem anunciar o sentido de voto dos populares às propostas do Governo socialista, Artur Lima anunciou que para o Plano e Orçamento 2016, o Grupo Parlamentar do CDS-PP apresentará um conjunto de 14 propostas de alteração,” totalizando um contributo para a melhoria das condições de vida dos Açorianos de mais de 4,6 milhões de euros”.
O deputado recordou que desde 2008, ou seja, no período de transição do ‘velho’ para o ‘novo’ Governo socialista, o CDS apresentou 79 propostas de alteração aos sucessivos Planos e Orçamentos da Região, das quais 47 foram aprovadas, lamentando no entanto “que uma parte muito significativa das que foram aprovadas, tenham sido subvertidas na sua aplicabilidade e, tantas outras, pura e simplesmente, não tenham sido, sequer, aplicadas. Lembro aqui o programa de apoio às filarmónicas e o regime de empréstimo dos manuais escolares”.
“No CDS-PP acreditamos que todo o investimento público deve cumprir uma regra simples: o seu custo deve ser comprovado pelo benefício material, económico e/ou social alcançado. Esta regra deve ser obrigatória para todas as decisões, sob pena de se hipotecar, no futuro, a sustentabilidade financeira da Região e as próximas gerações”, disse ainda Artur Lima, garantindo uma postura de diálogo institucional e de abertura política, “assim queira o PS e o Governo Regional manter aos bons contributos da oposição”.