O Presidente do Governo destacou esta sexta feira, o papel fundamental que os órgãos de Comunicação Social devem assumir no reforço da ligação entre os Açores e a Diáspora, dando a conhecer a “história de sucesso” que foi construída na Região ao longo dos últimos 40 anos da Autonomia.
“Em larga medida, depende do trabalho dos órgãos de Comunicação Social o sucesso deste objetivo de dar a conhecer a Região e de dar a conhecer a nossa Diáspora”, afirmou Vasco Cordeiro, que falava na abertura do Encontro de Órgãos de Comunicação Social da Diáspora Açoriana, que decorreu no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial.
Este encontro vai decorrer, também, nas ilhas do Pico e de São Jorge até ao dia 26 de maio, com a participação de 38 órgãos de Comunicação Social oriundos da Bermuda, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América e Portugal continental.
Os trabalhos de hoje contaram com a participação de diversos representantes de órgãos de Comunicação Social dos Açores.
Na sua intervenção, o Presidente do Governo salientou que esta iniciativa tem, assim, como um dos objetivos centrais o de dar a conhecer os Açores de hoje, ou seja, a Região que, ao longo das últimas quatro décadas, foi possível construir em Autonomia.
“É importante, para este processo de atualização da relação entre os Açores e as suas Comunidades, que não fiquemos apenas pelo conhecimento da Região que muitos deles deixaram, mas que seja possível também salientar a Região que somos hoje”, afirmou Vasco Cordeiro.
O Presidente do Governo salientou que a Autonomia constitui mesmo uma “grande história de sucesso” do Portugal democrático, pelo que foi possível fazer do ponto de vista da criação de condições de conforto, de bem-estar, de desenvolvimento e de progresso aos mais variados níveis.
“Uma Região que deve estar consciente, confiante e segura daquela que é a sua história de sucesso, mas que também tem de ter a capacidade de reconhecer aquilo que aqueles que, ao longo de 40 anos, tiveram a responsabilidade de conduzir os destinos da nossa Região, nas mais variadas funções, gostariam que tivesse corrido de outra forma”, afirmou Vasco Cordeiro.
Para o Presidente do Governo, a questão está, exatamente, em como se pode manter e fortalecer esta ligação entre os Açores e a Diáspora, tendo, por um lado, uma Região que já não tem a experiência da emigração com a dimensão do passado e, por outro, uma comunidade de segunda e terceira gerações que conhece os Açores “pelo que lhe foi dito e não pelo que foi vivido”.
“Temos de ser capazes, a começar pelas entidades públicas, de descortinar novas vias, novas formas e novos instrumentos de fortalecer esta ligação, que assenta, não apenas na componente afetiva, mas também por aquilo que suscita o interesse e a atenção nos dias de hoje”, disse Vasco Cordeiro.
O Presidente do Governo adiantou, por outro lado, que este Encontro de Órgãos de Comunicação Social da Diáspora pretende ainda ser uma homenagem aos Açorianos que partiram, à ligação que sempre mantiveram, em larga medida através dos órgãos de Comunicação Social das Comunidades, com os Açores.
“É uma homenagem às histórias de sucesso das nossas Comunidades, mas que deve ter também a consciência daquelas que são as histórias de não tão grande sucesso, porque aqueles que tiveram de ultrapassar estas histórias menos boas fazem também parte deste património dos Açores que é experiência da emigração”, frisou.
Este encontro visa promover o debate sobre a Comunicação Social na Diáspora e da Região, estando prevista a realização de sessões de trabalho em locais caraterísticos das diversas ilhas, promovendo e fomentando, não só a discussão e partilha entre os participantes, como o conhecimento direto dos locais e das suas potencialidades.