O posicionamento dos Açores como Smart Island deve ser, cada vez mais, potenciado através de parcerias internacionais, fazendo do arquipélago um palco privilegiado do desenvolvimento sustentável, defendeu hoje a Diretora Regional da Energia, durante o Smart Island World Congress que decorre desde ontem em Maiorca, no âmbito duma sessão dedicada à forma como as ilhas e os arquipélagos devem explorar um futuro baseado na energia, planeamento urbano e no desenvolvimento económico e social.
“Devido às suas características intrínsecas, as ilhas tornaram-se nos últimos anos laboratórios vivos (living labs) de destaque para as iniciativas voltadas para o futuro, em termos de construção de sistemas energéticos autossuficientes e eficientes”, referiu a governante.
Andreia Carreiro destacou na sua intervenção que a política energética que o Governo Regional defende vai no sentido de estimular a produção a partir de recursos endógenos e renováveis, combinados com mecanismos de armazenamento, para permitir a sua representatividade no diagrama de produção de eletricidade.
Segundo a Diretora Regional, “já para 2017, espera-se que a produção de energia elétrica a partir de recursos endógenos e renováveis atinja, aproximadamente, 37% das necessidades do consumo de eletricidade nos Açores”.
No congresso, a eficiência energética, a mobilidade elétrica e a geotermia foram os exemplos evidenciados no caso concreto dos Açores, como prioridades na atuação política do Governo Regional.
“Uma primeira prioridade, passa por assegurar medidas e incentivos que promovam a eficiência energética, numa estratégia alinhada com a Europa, ao mesmo tempo que se aposta em novos modelos de mobilidade, incentivando a adoção e a implementação de medidas para uma mudança de paradigma na mobilidade, como é o caso do Mob(in)Azores.”, salientou a Diretora Regional.
Quanto à geotermia, Andreia Carreiro ressalvou que esta é uma fonte de energia de extrema importância no contexto de ilhas, por ser uma fonte renovável e endógena estável, garantindo assim, a qualidade do serviço de energia e a segurança do abastecimento às populações, sendo que até 2020, espera-se que o seu contributo atinja 54% na estrutura da produção de eletricidade dos Açores.
Açores 24Horas / Gacs