O Presidente do Governo afirmou hoje, em Ponta Delgada, que estão criadas as condições para um reforço do diálogo e da cooperação institucional entre os Açores, a Madeira, as Canárias e Cabo Verde que permita fortalecer a importância deste espaço comum da Macaronésia.
“Gostaria de realçar a conjugação de esforços que atualmente se regista, quer ao nível dos Parlamentos de cada um dos arquipélagos, quer ao nível dos Executivos. Julgo que estão reunidas as condições para que esta ambição de um espaço comum da Macaronésia de cooperação, de concertação, de diálogo e de maior proximidade possa ser uma realidade”, disse Vasco Cordeiro.
O Presidente do Governo falava após ter recebido, no Palácio de Santana, os Presidentes dos Parlamentos dos Açores, da Madeira, das Canárias e de Cabo Verde, no âmbito das IX Jornadas Parlamentares Atlânticas, que decorrem nos Açores até 20 de junho.
Os Açores também acolheram, no início deste mês, uma Cimeira que reuniu os responsáveis máximos dos Governos dos quatro arquipélagos, destinada a aprofundar o relacionamento e a analisar os desafios e as oportunidades comuns.
Após o encontro de hoje com Ana Luísa Luís, José Tranquada Gomes, Carolina Darias e Jorge Santos, Vasco Cordeiro adiantou que, quer a II Cimeira dos Arquipélagos da Macaronésia, quer as Jornadas Parlamentares Atlânticas, constituem, assim, dois grandes momentos que convergem para o mesmo objetivo: o de reforçar a identidade, a presença e a importância da Macaronésia.
Em declarações aos jornalistas, o Presidente do Governo sublinhou, por outro lado, que este reforço de cooperação entre os quatro arquipélagos vale em si mesmo, por aquilo que se traduz de criação de um espaço comum de concertação de posições entre estes territórios da Macaronésia, que têm uma posição muito forte no Atlântico.
“Por essa via, do ponto de vista económico e social, têm todas as razões para que o reforço dessa cooperação se possa traduzir de forma complementar em benefício das suas economias e das suas populações”, destacou Vasco Cordeiro, acrescentando que em cada um dos territórios se encontram os “motivos e os fundamentos suficientes para perspetivar benefícios para cada um destes arquipélagos nos mais variados domínios”.
Uma segunda componente tem a ver com a relação com outras entidades, desde logo com a União Europeia, “mas não devemos cair no risco de resumir esta concertação entre os territórios da Macaronésia apenas a um exercício de reclamar de outros”, salientou o Presidente do Governo.