Numa altura em que o Red Bull Cliff Diving World Series ultrapassa o marco de uma década, a etapa açoriana continua firme no calendário e é mesmo em 2019 a mais antiga do circuito.
O regresso ao nosso país dá-se mais cedo – a 22 de junho – onde pelo oitavo ano consecutivo, o clássico do calendário regressa ao ilhéu de Vila Franca do Campo, uma pequena reserva ecológica situada a cerca de um quilómetro da ilha de São Miguel, onde a principal marca diferenciadora da competição portuguesa reside no facto de só nesta etapa os atletas terem a oportunidade de saltar diretamente das rochas, numa clara evocação às origens da modalidade nascida há mais de 200 anos no Havai.
Criado em 2009, o Red Bull Cliff Diving World Series foi o grande impulsionador de uma mudança que conduziu ao seu reconhecimento (2013) enquanto disciplina desportiva de competição oficial com o aval da FINA (Federação Internacional de Natação). Com novos cenários, entradas e saídas de atletas e a certeza de renovadas emoções a voar dos 0-85 km/hora em apenas três segundos, chegou a época de 2019.
No espaço de uma década muito mudou na paisagem dos saltos para a água de grande altura, este ano a época arranca mais cedo – em abril e é composta por um total de sete etapas, incluindo três novas localizações, desde logo na estreia do evento, El Nido, na região de Palawan, Filipinas.
Do oriente para a Europa, a Irlanda continua no mapa da competição, mas desta vez o “covil da serpente” dá lugar à estreia de Dublin. A terceira paragem é um clássico urbano que detém o recorde de público: a estância balnear de Polignano a Mare, situada na costa do mar Adriático.
Portugal assinala precisamente o meio da época, com novo encontro nos Açores nas paisagens intocadas do ilhéu de Vila Franca do Campo.
De regresso ao Médio Oriente, os melhores saltadores do planeta vão aventurar-se pela primeira vez nas escarpas Raouché, nos arredores de Beirute (Líbano).
Para a reta final do campeonato, a agulha inverte-se novamente rumo à civilização, com duas etapas onde os saltos decorrem a partir de pontes: primeiro na ponte medieval de Mostar, na Bósnia e Herzegovina, e depois na moderna ponte de La Salve, em Bilbau (Espanha).
Entre abril e setembro a ação a partir de alturas de 27 (homens) e 21 (mulheres) metros vai mobilizar dezenas de atletas de 18 nacionalidades.
Como é natural em qualquer desporto, há sempre entradas e saídas. As mais notórias são a ausência do quadro permanente de duas lendas da modalidade: o colombiano Orlando Duque e a norte americana Ginger Huber. Os dois veteranos terão ainda assim a oportunidade de regressar e provar o seu valor, uma vez que receberam o estatuto de wildcards em algumas etapas. Já o título será defendido pelo britânico Gary Hunt e pela australiana Rhiannan Iffland, com masculinos e femininos a disputarem juntos pela primeira vez todas as etapas.
RED BULL CLIFF DIVING WORLD SERIES
CALENDÁRIO 2019
13 abril | Palawaan, FILIPINAS
12 maio | Dublin, IRLANDA
2 junho | Polignano a Mare, ITÁLIA
22 junho | São Miguel, Açores, PORTUGAL
14 julho | Beirute, LÍBANO
24 agosto | Mostar, BÓSNIA E HERZEGOVINA
14 setembro | Bilbau, ESPANHA