A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo reforçou hoje, em Ponta Delgada, “a necessidade que temos hoje de mudar as atuais opções de consumo que são muito penalizadoras para o meio ambiente”.
Marta Guerreiro salientou que as políticas do Governo dos Açores nestas matérias se pautam por “uma primeira linha marcada pela prevenção e redução da produção de resíduos”, onde “têm sido adotadas medidas com o objetivo primordial da sustentabilidade ambiental”.
Nesse sentido, sublinhou algumas iniciativas do Executivo, nomeadamente a implementação de medidas para a redução do consumo de sacos de plástico e a taxa ambiental pela sua utilização, e destacou a resolução do Conselho de Governo, de dezembro, que “aprovou as linhas de orientação e respetivas medidas com vista à redução da produção de resíduos, designadamente plásticos, e à promoção da reutilização e reciclagem em serviços públicos”.
A titular da pasta do Ambiente falava na Comissão de Assuntos Parlamentares, Ambiente e Trabalho da Assembleia Legislativa, no âmbito de três iniciativas legislativas, dois projetos de resolução e uma petição, com o foco na redução da utilização de plástico descartável.
A Secretária Regional realçou “a maturidade de uma sociedade que faz chegar uma petição a uma assembleia legislativa regional precisamente com estas preocupações e com este tema”, algo que se quer que “aconteça numa sociedade cada vez mais participada no que diz respeito a esta questão da cidadania ambiental”, dando nota de que, a par desta petição, se juntam “duas propostas do Grupo Parlamentar do PS que vão, precisamente, ao encontro do mesmo objetivo”.
“Estas três iniciativas não poderiam estar mais em linha com aquela que tem sido a nossa ação em prol da sustentabilidade dos Açores”, frisou Marta Guerreiro, acrescentando que “elas mostram que a aposta na prevenção, quantitativa e qualitativa, dos resíduos produzidos na Região deve estar continuamente aliada a uma diminuição do impacto ambiental dos produtos ao longo do seu ciclo de vida, em particular dos não-biodegradáveis”.
“A adoção das medidas propostas por parte dos estabelecimentos de hotelaria, restauração, cafetaria, similares, bem como a introdução no consumo de materiais alternativos, que espelhem a adoção de soluções que contribuam para uma maior sustentabilidade ambiental por estes setores, revestem-se, do nosso ponto de vista, da maior importância, sendo coincidentes com a nossa preocupação”, acrescentou.
“Não só nestes setores, como também na Administração Pública Regional e na Assembleia Legislativa, a adoção de medidas que espelhem esta opção, representa um exemplo de extrema importância para todos os Açorianos e para quem nos visita, no que respeita aos seus comportamentos ambientais”, reforçou a Secretária Regional.
Marta Guerreiro destacou o caso concreto das garrafas de água de plástico, evidenciando que se deve optar pelo consumo de água da rede pública em detrimento da água engarrafada, o que “representa uma redução significativa dos níveis de produção de resíduos plásticos”.
Neste âmbito, a titular da pasta do Ambiente referiu que os relatórios da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dos Açores sobre o Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano “atestam percentagens de água de abastecimento público monitorizada e de boa qualidade na ordem dos 99%, concluindo-se que o recurso à água proveniente da rede de abastecimento público representa uma opção segura e extremamente vantajosa a nível ambiental, para além de económico”.
