A competitividade já não se ganha discutindo 30 euros no salário mínimo – PM

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje, em Leiria, que a competitividade “já não se ganha” reduzindo ou discutindo 30 euros no salário mínimo, considerando que a aposta tem de passar por mais qualificação e inovação.

“Hoje, a nossa competitividade já não se ganha reduzindo ou discutindo 30 euros no salário mínimo nacional. Esse tempo já passou e, com base nesses critérios, nunca mais voltaremos a ser competitivos”, afirmou António Costa, que falava no final de uma visita à fábrica de moldes GLN Molds, na Maceira, concelho de Leiria.

Segundo o primeiro-ministro, a competitividade da economia portuguesa terá de passar por uma aposta em mais mão-de-obra qualificada, “maior incorporação de conhecimento”, melhor tecnologia, melhor organização dos circuitos de produção e maior interconexão entre produção e comercialização.

Esse aposta na inovação e na qualificação terá de ser acompanhada de um trabalho “em conjunto” entre setor público e privado, afirmou.

“Todo o mundo que teve sucesso teve sucesso com base nesta cooperação entre o setor privado e o setor público”, notou, sublinhando que a economia “faz-se desde logo com empresas”, que criam postos de trabalho e geram riqueza, mas não se faz apenas destas.

As políticas públicas são “importantes na formação, no estímulo à inovação, são importante no financiamento à economia”, realçou, referindo que os fundos comunitários vão financiar “aquilo que é necessário” para se vencerem “os bloqueios estruturais” existentes.

Para António Costa, é necessário Portugal ser um país “mais produtivo”, com uma economia mais competitiva, mas que ao mesmo tempo possa “distribuir de forma mais justa a riqueza que é produzida”.

“Esse é o desafio”, concluiu o primeiro-ministro, que falava para os jornalistas e para os trabalhadores e administração da GLN Molds, no final da visita.

A fábrica de moldes, com 232 trabalhadores, espera faturar 27 milhões de euros em 2016, sendo que atualmente exporta 75% do que produz.

 

Lusa

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