Os Estados Unidos da América (EUA) não pretendem abandonar a Base das Lajes, nos Açores, e o que poderá estar em causa é apenas a redução da sua presença militar, afirmou o embaixador em Lisboa, Allan Katz.
“Nós mantemo-nos empenhados em continuar nas Lajes. A questão não é se vamos sair das Lajes, mas saber se o nível da nossa presença vai ser afetado ou não com este reajustamento orçamental”, referiu.
A posição do diplomata norte-americano foi assumida num encontro com a imprensa em Lisboa, na terça-feira.
Questionado sobre quais são os planos de Washington para a Base das Lajes, na Terceira, o embaixador lembrou que os Estados Unidos estão “a avaliar a sua estrutura de forças no mundo inteiro, não apenas na Europa”.
“O que seria surpreendente é que todo este processo terminasse sem mudanças, isso é inimaginável, a questão é o que é que se vai cortar, e quando, e essas decisões ainda não foram tomadas”, declarou.
Katz reconheceu contudo que a Base das Lajes não tem a mesma importância estratégica para os Estados Unidos que tinha “há trinta anos”.
Já sobre se pode prever um calendário para estes cortes serem conhecidos, Allan Katz respondeu em tom bem-humorado: “Entrar em especulações só me trouxe problemas”.
O embaixador dos EUA em Lisboa, em funções efetivas há quase dois anos, realçou ainda que “qualquer que sejam as mudanças a realizar ou não, seja na Alemanha, em Portugal, na Turquia ou na Coreia do Sul”, isso acontece por motivos de poupança e não por uma menor importância dada às relações externas.
Allan J. Katz disse ainda que os EUA não desejam “mal entendidos” nas relações com a Europa e defendeu que um menor investimento não significa uma menor ligação: “Esta é uma questão meramente orçamental”.
Lusa