O Governo dos Açores anunciou hoje a abertura este ano, no âmbito do PRORURAL+, de um aviso destinado exclusivamente a financiar investimentos no reforço da capacidade de frio e câmaras de cura das indústrias produtoras de queijo, considerando que o futuro passa por continuar a aumentar este tipo de produção, que é mais valorizada no mercado, e reduzir a aposta no leite UHT.
“Aumentar a capacidade de frio e de cura dos queijos é uma lacuna identificada nas indústrias e pequenas queijarias existentes nos Açores e, como tal, importa tudo fazer para alterar essa realidade, até porque do aumento da produção de queijo podem resultar mais valias económicas importantes para a produção”, afirmou João Ponte.
O governante, que falava à margem da visita a uma queijaria familiar na freguesia da Covoada, concelho de Ponta Delgada, destacou que a estratégia regional para os lacticínios passa precisamente por transformar menos leite UHT e aumentar os níveis de produção de queijo, dado o potencial de valorização que este produto lácteo tem no mercado e o interesse que desperta junto dos consumidores.
“A Região tem feito, neste domínio, um percurso muito positivo, considerando que em 2019 houve um crescimento 12% na produção de queijo e uma redução na produção de leite UHT”, salientou o Secretário Regional, reiterando que este “é um caminho que temos de continuar a fazer para melhorar o aproveitamento daquilo em que somos bons”.
Relativamente à queijaria ‘O Lavrador’, João Ponte considerou que se trata de um “exemplo positivo” de uma pequena empresa familiar “que pode ser replicado noutras freguesias e noutras ilhas, pois cria riqueza, emprego e tem uma produção vocacionada para abastecer o mercado local”.
Esta queijaria, que iniciou atividade em 2006, emprega três pessoas, labora anualmente uma média de 170 mil litros de leite, apostando na produção de dois tipos de produtos, nomeadamente o queijo fresco em folha de conteira (200 mil queijos por ano) e o queijo curado (1.500 quilos por ano).
