Líder do PPM/Açores exige
CISÃO DO PARTIDO COM O PSD
O líder do PPM/Açores e vice-presidente nacional dos monárquicos, Paulo Estevão, considera que a votação dos deputados do seu partido, sexta-feira, na Assembleia da República, sobre o Estatuto dos Açores, foi “um episódio vergonhoso”.
Em declarações à Agência Lusa, Paulo Estêvão acusou Nuno da Câmara Pereira e Miguel Queiroz (deputados do PPM integrados na bancada do PSD) de “quebra de confiança política”, ao absterem-se na votação do diploma, depois de se terem comprometido a votar a favor.
“É uma situação lamentável que eu não perdoo”, desabafou o dirigente do PPM, que na véspera da votação do Estatuto dos Açores tinha anunciado, em conferência de imprensa, que os dois deputados do PPM na Assembleia da República votariam a favor do diploma.
Segundo explicou, a alteração do sentido de voto de Nuno da Câmara Pereira e de Miguel Queiroz, ficou a dever-se a “pressões do PSD»” em especial de “Santana Lopes e Paulo Rangel”, que pretendiam “evitar a aprovação do Estatuto com uma maioria de dois terços”.
Paulo Estêvão promete agora levar este caso ao Conselho Nacional do PPM, onde vai propor a “desvinculação” dos deputados do PPM da bancada do PSD e o fim do acordo entre os partidos, por entender que “não garante a independência do partido”.
O deputado cancelou também as jornadas parlamentares, agendadas para Janeiro.
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