Ação e comprometimento são imperativos para o reforço do POSEI na Região, defende PSD/A

O candidato do PSD/Açores à Assembleia da República, António Ventura, comprometeu-se hoje com um trabalho parlamentar “visando o reforço do POSEI para os Açores, de forma a que aquele programa seja mais abrangente ao nível das nossas ilhas”, avançou.

Falando após uma reunião com a Federação Agrícola dos Açores, onde acompanhou o presidente do partido, Alexandre Gaudêncio e o cabeça de lista pela Região, Paulo Moniz, o social democrata garantiu que “vamos prosseguir com todos os esforços feitos e encetar o máximo de iniciativas nesse sentido”.

António Ventura alertou para o facto das negociações do POSEI “precisarem de uma estratégia regional, que não está a acontecer, porque o governo açoriano mantém um silêncio cúmplice, e comprometedor, com o governo da República e as instâncias europeias”.

E referiu-se mesmo “ao Artigo 349, do Tratado da União Europeia (UE), que nos permite ser reivindicativos, e que deve ser melhor utilizado. O governo dos Açores não está a saber defender os interesses do setor de forma a acautelar o futuro imediato”, acusou.

“Se não houver um reforço no POSEI, os Açores ficam numa situação muito difícil, e aí só pode ser o Estado a avançar e a assumir que somos uma região específica e que precisa de outras ajudas”, defende António Ventura.

Para o candidato do PSD, “o atual POSEI já não serve, porque é insuficiente para apoiar a dinâmica necessária para os agroalimentos nos Açores”, disse.

O social democrata mostrou também a sua preocupação com uma possível centralização dos fundos comunitários a nível nacional, “o que vamos tentar impedir que aconteça, porque os Açores têm as suas especificidades e precisam de uma fatia própria desses apoios”, alertou.

Assim como revelou um cuidado especial face “aos acordos bilaterais e multilaterais da UE, ou seja, a questão do CETA, do Acordo com o Japão e a questão do Mercosul”, elencou.

“Há muita hipocrisia ao nível desses acordos, que não exigem aos outros o mesmo que se exige aos produtores no espaço europeu”, frisou António Ventura.

Face a essa realidade próxima, teme-se “um excedente de produtos, nomeadamente na bovinicultura de carne (Mercosul), sendo que os preços a pagar têm de ser justos e têm de dignificar os produtores. E isso está também em risco”.

Mas António Ventura também vê nesses Acordos “uma oportunidade comercial para os Açores, à qual temos de estar atentos”.

A esse nível, o candidato lembrou a proposta social democrata para a criação de um plano internacional para os agroalimentos, “na perspetiva de aproveitar todas as nossas potencialidades e de não sermos esquecidos”.

“Vamos voltar a apresentar esse plano, já que o mesmo não foi executado pelo atual governo de António Costa. Foi apoiado pelo PS e pelos grupos parlamentares que suportam o governo, mas depois nada avançou”, criticou.

“Os deputados do PSD/Açores vão estar vigilantes pela Agricultura e a favor de todo o setor na Assembleia da República”, reforçou o social democrata.

António Ventura revelou ainda o compromisso de reativar o grupo do Leite e dos agroalimentos, na próxima legislatura, para tratar de temas “que são muitas vezes esquecidos”.

“O grupo do Leite existiu na Assembleia da República, e houve uma agenda do leite e dos laticínios, porque o PSD lançou essa iniciativa”, concluiu o candidato.

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