Acesso dos imigrantes a tarifas de residente respeita princípio da igualdade

migrantes emigrantesO presidente da Associação de Imigrantes dos Açores (AIPA), Paulo Mendes, afirmou esta sexta-feira que a aprovação na Assembleia da República de legislação que alarga aos imigrantes as tarifas aéreas para residentes no arquipélago representa o “respeito pelo princípio da igualdade”.
“O respeito por esse princípio foi posto em causa a partir de 2005, quando os imigrantes que vivem no arquipélago passaram a pagar as viagens (aéreas) entre as ilhas e com o exterior a um preço substancialmente mais elevado do que os residentes”, afirmou Paulo Mendes.

Segundo o presidente da AIPA, uma viagem entre Ponta Delgada e Lisboa passou a custar aos imigrantes mais 189 euros do que a um açoriano residente no arquipélago.

Paulo Mendes frisou que não está em causa apenas uma questão de encargos financeiros, mas o respeito pelo “princípio essencial da igualdade entre cidadãos”, uma vez que os imigrantes que vivem no arquipélago pagam os seus impostos na região, defendendo ainda que a “integração (dos imigrantes) tem de ter substância”.

O presidente da AIPA salientou que a legislação hoje aprovada por unanimidade na Assembleia da República responde a uma “luta antiga” da associação, frisando que “mais vale tarde do que nunca”.

As novas regras, que se aplicam a imigrantes residentes nos Açores há mais de seis meses, poderão beneficiar cerca de 3.500 pessoas, tendo Paulo Mendes estimado que as novas tarifas possa começar a ser aplicadas pela TAP e pela SATA dentro de um a dois meses.

Num comunicado emitido após a aprovação da nova legislação, o PCP/Açores congratulou-se com a medida, considerando “profundamente injusta e discriminatória” a situação existente.

O PCP/Açores recordou ainda que foi este partido que, em 2006, teve a iniciativa de desencadear o processo de alteração da lei.

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