Os Açores contabilizaram cerca de 3,2 milhões de dormidas em alojamentos turísticos em 2022, um valor acima do de 2019, em que tinha sido registado um valor recorde, segundo dados do Serviço Regional de Estatística (SREA) revelados hoje.
“No ano de 2022, no conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico (hotéis, hotéis-apartamentos, apartamentos turísticos, pousadas, unidades de turismo no espaço rural e unidades do alojamento local) dos Açores registaram-se 3.215,4 mil dormidas, valor superior em 65,7% ao registado no ano de 2021”, lê-se numa publicação divulgada na página da Internet do SREA.
Segundo dados do Serviço Regional de Estatística dos Açores, consultados pela Lusa, o valor de 2022 é o mais elevado desde que há registos, superando o recorde de 2019 (3.009.385 dormidas), em 6,8%.
As dormidas de turistas residentes no estrangeiro (1.945,4 mil) mais do que duplicaram face ao período homólogo (149,4%), superando as dos turistas residentes em Portugal (1.270,0 mil), que registaram igualmente uma subida, mas menos acentuada (9,4%).
A variação homóloga de dormidas ficou, ainda assim, abaixo da registada a nível nacional (86,3%).
Já o número de hóspedes (1.014,7 mil) apresentou “uma taxa de variação anual positiva de 62,7%”.
Olhando apenas para o mês de dezembro, cujos dados foram conhecidos hoje, registaram-se 122,8 mil dormidas, nas diferentes tipologias de alojamento, “um acréscimo de 32,9% relativamente ao mesmo mês de 2021”.
A hotelaria foi a tipologia que concentrou mais dormidas nos Açores, em 2022, num total de 1.960.020, com um aumento de 64,8% face ao período homólogo.
Os turistas provenientes do estrangeiro superaram os nacionais neste tipo de alojamento, com 1.046.000 dormidas, mais 159,2% do que no ano anterior.
As dormidas de hóspedes nacionais (914.011) subiram 16,4%.
Os proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros subiram 86,9%, registando em 2022 um montante superior a 126,4 milhões de euros.
Todas as ilhas registaram um aumento de dormidas nesta tipologia, em 2022, tendo as subidas mais acentuadas sido verificadas nas ilhas Terceira (78,6%), São Miguel (71,4%) e Corvo (58,5%).
“A ilha de São Miguel, com 1.345,9 mil dormidas, concentrou 68,7% do total das dormidas, seguindo-se a Terceira com 327,0 mil dormidas (16,7%), o Faial com 120,2 mil dormidas (6,1%) e o Pico com 67,7 mil dormidas (3,5%)”, acrescenta o SREA.
O alojamento local foi a tipologia que mais cresceu (67,3%) em número de dormidas, em 2022, com um total de 1.166.147.
Os residentes no estrangeiro representaram mais de metade das dormidas desta tipologia, com 827.358, um aumento de 137,9% face ao no ano anterior.
As dormidas de residentes nacionais diminuíram 3%, fixando-se em 338.789.
Também no alojamento local houve um aumento de dormidas em todas as ilhas, com Terceira (84,6%), Pico (55,8%) e Faial (50%) a registarem os maiores crescimentos.
Já o turismo em espaço rural registou 89.218 dormidas, em 2022, mais 63,3% do que no período homólogo, a maioria de turistas provenientes do estrangeiro (71.990).
Esse valor mais do que duplicou em 2022 (151%), enquanto o número de dormidas de turistas nacionais (17.228) registou um decréscimo de 33,7%.
Lusa