Açores disponíveis para apoiar plataforma internacional de estudos climáticos

O Governo dos Açores disse hoje estar disponível para apoiar a manutenção da plataforma internacional de estudos climáticos avançados no Atlântico, localizada na Graciosa, que é “um prestígio” para a ilha, para o arquipélago e para o mundo.
“Da parte do Governo dos Açores e por parte da autarquia de Santa Cruz da Graciosa estaremos absolutamente disponíveis no sentido desta continuidade”, sublinhou o presidente do Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP/PPM.
José Manuel Bolieiro falava aos jornalistas, após visitar a ENA-ARM (European North Atlantic – Atmospheric Radiation Measurement), no aeródromo da Graciosa, em Santa Cruz, acompanhado pela cônsul dos Estados Unidos da América nos Açores, Margaret C. Campbell.
A estação “European North Atlantic – Atmospheric Radiation Measurement” da Graciosa, que já completou 10 anos de funcionamento contínuo, desenvolve estudos com vista a melhorar os modelos globais do clima e destaca-se pelo caráter inovador das tecnologias e instrumentos.
O projeto resulta de um programa internacional promovido pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, através do Los Alamos National Laboratory, e conta com o apoio do Governo dos Açores (FRCT – Fundo Regional para a Ciência e Tecnologia) e com a parceria da Universidade dos Açores (Centro do Clima, Meteorologia e Mudanças Globais – entidade responsável pela operação e manutenção da estação) e da Fundação Gaspar Frutuoso, segundo informação do executivo.
O chefe do Governo Regional destacou “o mérito” de quem ao longo de uma década trabalhou no projeto e que se revelou “tão essencial”.
E, acrescentou José Manuel Bolieiro, “já por aí pudemos ter uma boa esperança da sua continuidade e prorrogação”.
Segundo o líder do executivo regional, o objetivo “é potenciar ainda mais conhecimento mútuo das capacidades instaladas” e estabelecer “uma rede de comunicação, de partilha de conhecimento e de dados”.
O presidente do Governo Regional assinalou ainda o objetivo de se elaborar um projeto-piloto para criar, no quadro da comunidade científica e das capacidades tecnológicas instaladas nos Açores, encontros regulares de partilha de dados e informações.
Sobre a plataforma, realçou que essa instalação “é um prestígio para a ilha Graciosa, para os Açores e até para o mundo no que diz respeito ao importante conhecimento cientifico”, assegurando uma abordagem “cada vez mais profunda da coluna atmosférica”.
“Nós podemos dar ciência a partir dos Açores para o mundo”, vincou, assinalando que se trata de uma instalação do Departamento de Energia dos Estados Unidos da América, com a colaboração da Universidade açoriana e “com recursos humanos técnico-científicos dos EUA, mas também dos Açores e até da Graciosa”.
Essa instalação potencia também “o prestígio e economia da ilha e coloca os Açores num patamar nacional, europeu e global de ciência e tecnologia com capacidades instaladas que muito nos honra”, referiu ainda.
O chefe do executivo açoriano considerou que os Açores estão “a dar um contributo para um conhecimento atmosférico, para um conhecimento dos efeitos das alterações climáticas”, recordando que uma parte dos dados que são alcançados “são de distribuição gratuita pela comunidade científica” e “isso projeta os Açores” e a origem da informação.
“Quero deixar uma palavra de saudação, de reconhecimento e gratidão pelo magnífico trabalho que estão aqui a desenvolver, nomeadamente o Departamento de Energia dos Estados Unidos e a nossa Universidade dos Açores, todos os que têm estado aqui a colaborar revelam-se de excelência. Estou muito satisfeito e orgulhoso e penso que a Graciosa e os graciocenses também devem estar orgulhosos”, reforçou.

 

 

Lusa

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