É no factor ‘coesão’, que tem em conta níveis de equidade de condições de vida, em termos sociais e económicos, que os Açores obtêm o pior resultado – também 29º -, num ‘ranking’ em que metade nas sub-regiões do País conseguem ficar acima da média nacional.
No que diz respeito à competitividade, que avalia a capacidade de penetração nos mercados e o crescimento económico, os Açores ocupam o meio da tabela (16º), sendo que apenas Grande Lisboa, Baixo Vouga, Grande Porto, e Entre Douro e Vouga conseguem superar a média do País, as últimas duas, apenas tangencialmente.
No índice da qualidade ambiental, expressa numa dupla e integrada perspectiva de condições ambientais de vida na região e de sustentabilidade ambiental dos processos de desenvolvimento económico, social e territorial, a Região Autónoma dos Açores é a 18ª classificada, conseguindo, no entanto, um resultado ligeiramente acima da média nacional, e logo acima da Grande Lisboa.
Note-se que neste parâmetro apenas nove das trinta sub-regiões obtêm resultados abaixo da média geral.
Para cada um dos três componentes analisados, contaram vários “factores indispensáveis à expressão da noção de desenvolvimento e interactuantes: potencialidades (as condições para o desenvolvimento), comportamento dos actores políticos, económicos e sociais (os processos) e eficácia em termos de resultados”, explica o documento do INE.
Relativamente ao ano de 2004 (dados anteriores mais recentes), os Açores aparecem, neste estudo com dados de 2006, no grupo das sub-regiões com maior variação negativa da competitividade, a par da Madeira e Baixo Mondego, e no grupo das sub-regiões com variações mais positivas da coesão e qualidade ambiental, juntamente com Pinhal Interior Sul, Baixo Mondego e Douro.
Tendo em conta o mesmo período, os Açores registaram uma das três maiores convergências face à média nacional na coesão e uma das três maiores divergências na competitividade.
João Cordeiro (in AO)