A tempestade Nadine é a quinta mais longa de que há registo. Formou-se, morreu, renasceu, ameaçou os Açores duas vezes e deverá dissipar-se finalmente nas próximas horas.
À segunda foi de vez. A tempestade tropical Nadine passou hoje pelos Açores, semana e meia depois de uma primeira ameaça. O grupo central foi o mais afectado pela intempérie, que não trouxe consequências graves para além do incómodo das acções preventivas que incluíram, por exemplo, o encerramento de escolas e o cancelamento de voos.
Esta tempestade, que estará finalmente a dissipar-se, entra para os registos históricos pela sua longevidade e percurso invulgar. Formou-se a 11 de Setembro a oeste de Cabo Verde, fez meia travessia do Atlântico em direcção às Américas, como a maioria das tempestades e furacões que se formam neste oceano.
Porém, dias depois, virou depois para Norte, transformou-se num furacão e acelerou para os Açores. Neste período, a Nadine chegou a ter ventos de 150 km/h.
A 19 de Setembro, prestes a chegar ao arquipélago, o furacão virou a Sul e começou a enfraquecer, tornando-se novamente numa tempestade. A Nadine haveria de passear vários dias pelo Atlântico ser novamente empurrada para os Açores. Pelo caminho, voltou a ascender à categoria de furacão, antes de enfraquecer mais uma vez e voltar a ser uma ‘mera’ tempestade tropical.
No total, a Nadine viveu 21 dias, tornando-se na quinta tempestade atlântica mais longa desde que há registos. Felizmente, sem registo de qualquer vítima. No primeiro lugar está o Furacão San Ciriaco, que durou 27 dias em 1899.
in Sol