A montanha do Pico, é o ponto mais alto de Portugal e um dos maiores vulcões activos do Oceano Atlântico, com 2351metros de altitude.
A montanha do Pico, é o ponto mais alto de Portugal e o seu formato cónico é o marco mais evidente da origem vulcânica da ilha a que deu o nome.
A sua riqueza geológica, as particularidades da sua vegetação, adaptada às condições adversas da montanha, associadas à sua exuberância paisagística, de onde se pode desfrutar a imensidade dos oceanos e avistar as ilhas do grupo central, do Arquipélago dos Açores, fazem do Pico, um dos mais belos vulcões do Mundo, que frequentemente se cobre de neve no Inverno, e atractivo maior desta ilha negra de basalto, com o qual foi edificado os muros dos currais de vinha, actualmente Paisagem Protegida da Vinha do Pico e Património da UNESCO.
Com aproximadamente 300 000 anos, a Ilha do Pico, a mais jovem ilha do arquipélago, formada ao longo de inúmeras erupções vulcânicas que se estendem até à actualidade, representa um excelente exemplo de geodiversidade associada a vulcanismo do tipo basáltico s.l.. e as suas rochas do Pico incluem-se na série alcalina (basaltos alcalinos – basaltos transicionais – basaltos sub-alcalinos), sendo pobres em sílica (<50%) e potássio (<2%), e ricos em Na (>2%).
Nesta Paisagem incluem-se dois vulcões poligenéticos: o vulcão em escudo do Topo, que deu início à formação da Ilha e o Estratovulcão da Montanha do Pico, o ponto mais alto de Portugal e um dos maiores vulcões activos do Oceano Atlântico, com 2351m de altitude, que se ergue 3500m a partir do fundo do mar.
Para além da imponente beleza estética que condiciona toda a paisagem da ilha do Pico e das ilhas vizinhas, a Montanha encerra valores naturais muito relevantes, pelo que se encontra protegida há largos anos.
Em termos ecológicos, alberga as únicas comunidades alpinas do arquipélago, destacando-se assim pela sua unicidade em termos do contexto do património natural dos Açores.
Existem ainda notáveis exemplos de vulcanismo fissural, como a cordilheira central, a dorsal da ilha, formada por um alinhamento de cerca de 200 vulcões de orientação predominante WNW-ESSE.
Os “lajidos”, campos de lava bem preservados, resultantes de erupções de natureza basáltica pouco explosiva, com escoadas lávicas de superfície lisa do tipo pahoehoe, caracterizadas por um vasto conjunto de micro-relevos e estruturas de uma beleza extraordinária, tais como lavas encordoadas, pahoehoe toes, tumuli, cristas de pressão e tubos lávicos. Podem ainda observar-se escoadas lávicas do tipo aa, localmente designadas por “biscoito”, identificadas pela sua superfície áspera e cortante.
É na ilha do Pico que se pode encontrar o maior número de cavidades vulcânicas (tubos lávicos e algares vulcânicos) conhecidas nos Açores, num total de cerca de 150, de onde se inclui o maior tubo lávico de Portugal, a Gruta das Torres; Deltas lávicos ou “fajãs”, com particular destaque para a plataforma das Lajes do Pico; Cones vulcânicos submarinos, como os Ilhéus da Madalena, ou o Cabeço Debaixo da Rocha; Arribas fósseis, como a do Gasparal ou de Santo António; Crateras de explosão e Crateras Poço; Escarpas de falha e as 4 erupções históricas, localmente conhecidas como “Mistérios”, que ocorreram em 1562 (Mistério da Prainha), a mais longa erupção histórica dos Açores (cerca de 2 anos em actividade) onde se encontra actualmente a maior mancha de vegetação natural, incluindo uma série de formações naturais de elevado interesse conservacionista, destacando-se as maiores áreas de Floresta Húmida Laurifólia de média altitude, um habitat protegido pela Directiva Habitats e é um dos habitat preferenciais do Pombo torcaz (Collumba palumbus azorica); em1718 (Mistério de Santa Luzia e Mistério de São João) e em 1720 (Mistério da Silveira).
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