Os Açores, através das incubadoras de empresas localizadas nas ilhas de São Miguel, Terceira e Santa Maria, nomeadamente nos parques de Ciência e Tecnologia NONAGON e TERINOV e na INCUBA+, vão integrar a rede de incubadoras da Agência Espacial Europeia (ESA BIC) em Portugal.
A integração destas incubadoras açorianas resulta de um concurso lançado em abril pela Agência Espacial Portuguesa (PT Space) e pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), para que novas incubadoras se juntassem a esta rede.
O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou que a presença das três incubadoras açorianas na rede ESA BIC “vai contribuir, decisivamente, para reforçar a presença de novas empresas do setor espacial na Região”.
“Estas incubadoras regionais fazem parte de um conjunto de 15 incubadoras de vários pontos do país que vão apoiar negócios que têm por base tecnologias e dados da indústria espacial”, frisou Gui Menezes.
O concurso, dirigido a centros de incubação de empresas, previa a agregação de espaços para o funcionamento de novas empresas que, por sua vez, vão beneficiar de um apoio financeiro para o desenvolvimento de projetos diferenciadores que venham a ser selecionados para, por um período máximo de dois anos, “crescerem e garantirem sustentabilidade própria e permanente”.
O Secretário Regional referiu que esta nova rede de incubadoras representa “um forte contributo” para a estratégia Portugal Espaço 2030, acrescentando que “os Açores estão empenhados em fazer parte desta estratégia nacional para o Espaço”.
Gui Menezes salientou ainda que existe nos Açores um ‘cluster’ de tecnologia de ponta na área do Espaço, “com infraestruturas específicas e um impacto direto no emprego qualificado e na prestação de serviços, muitos deles à escala internacional”.
A ESA BIC foi criada em 2003 pela ESA com o objetivo de incentivar a transformação de projetos embrionários em produtos e serviços de valor aplicados à transferência de tecnologia.
Desde a sua criação, foram promovidos mais de 700 ‘startups’ em toda a Europa.
No caso de Portugal, a gestão da rede nacional ESA BIC é coordenada pelo Instituto Pedro Nunes, que, desde o final de 2014, apoiou cerca de 30 empresas, entre as quais a Findster ou a Theia.
O trabalho realizado em Portugal no âmbito da ESA BIC potenciou já a criação de mais de uma centena de postos de trabalho, num total de projetos que representam um volume de negócios de cerca de cinco milhões de euros.