Açores preparam manual de procedimentos para o turismo

As autoridades de saúde dos Açores estão a “articular com a Direção Regional do Turismo” a criação de “manuais de procedimentos” que garantam a “segurança em todos os estabelecimentos” da região durante a pandemia de covid-19.

Segundo adiantou hoje Gustavo Tato Borges, coordenador da Comissão Especial de Acompanhamento da Luta Contra a Pandemia de Covid-19 dos Açores, as autoridades de saúde da região estão já “a articular com a Direção Regional de Turismo, de maneira a que haja manuais de procedimentos para as unidades hoteleiras, para as piscinas, para os parques de campismo, para todas as situações onde possam vir a estar presentes turistas”.

A ideia é garantir que os turistas “possam estar em segurança em todos os estabelecimentos”, esclareceu.

Tato Borges falava hoje durante a conferência de imprensa semanal de acompanhamento da situação epidemiológica dos Açores, em que esteve também presente o diretor regional da Saúde, Berto Cabral.

O diretor regional aproveitou a oportunidade para reiterar que as medidas anunciadas para o fim do estado de emergência não significam que “deixará de ser feito teste à chegada à Região Autónoma dos Açores”.

“A questão que se coloca é que, legalmente, a região não pode obrigar o teste na origem, mas não deixará de o exigir à chegada”, concretizou.

Berto Cabral respondeu ainda a críticas à medida avançada pelo Governo Regional, que prevê a atribuição de incentivos a viajantes que cheguem à região com um teste negativo feito previamente, no valor de 35 euros para quem viaje a partir de Portugal, e de 50 euros para quem venha do estrangeiro.

“O incentivo é dado, não aos turistas no sentido de virem para cá, é dado o incentivo para que as pessoas façam o teste antes de virem para cá”, clarificou o responsável pela Autoridade de Saúde regional.

Também Gustavo Tato Borges afirmou que “seria desejável, seria ideal, que só pudessem viajar para a região pessoas que tivessem teste negativo”.

O responsável pela Comissão de Acompanhamento à pandemia acredita que, “em princípio, vai ser possível equilibrar a vinda dos turistas com a manutenção do risco baixo para a Região Autónoma dos Açores”.

Sobre a possibilidade da implementação de um corredor verde na região para passageiros que viajem a partir de zonas onde a imunidade de grupo já tenha sido atingida, Tato Borges adiantou que “aquilo que está definido é que apenas no dia 10 de junho será implementado este certificado”.

O responsável salientou ainda que “a informação transmitida, quer pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, quer pela Comissão Europeia” indica que o “certificado de vacinação não implica, necessariamente, que uma pessoa entre diretamente num determinado local – país, região, seja o quer for – sem haver necessidade de fazer teste”.

 

 

Lusa

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