Os Açores atingiram em dezembro de 2021 o número mais baixo de beneficiários de Rendimento Social de Inserção (RSI) desde 2005, totalizando 12.555, anunciou hoje o vice-presidente do executivo açoriano, Artur Lima.
“Segundo dados extraídos pelo Sistema Estatístico da Segurança Social, que reportam a dezembro de 2021, existiam 12.555 beneficiários de RSI nos Açores, sendo este o valor mais baixo registado desde março de 2005”, afirmou o vice-presidente do Governo Regional, que titula a área da Solidariedade Social, numa conferência de imprensa em Angra do Heroísmo.
Artur Lima admitiu que a redução de beneficiários de RSI já decorre há vários anos, mas disse que atual executivo açoriano, da coligação PSD/CDS-PP/PPM, que tomou posse em novembro de 2020, reforçou a fiscalização e o acompanhamento destas famílias no terreno.
“As pessoas têm vindo a inserir-se no mercado de trabalho, felizmente. Tem vindo a decrescer. É um decrescimento sustentado, que vem também já de algum trabalho feito anteriormente e que nós aperfeiçoámos e julgo que melhorámos”, apontou.
Entre 2011 e 2021, o número de beneficiários únicos de RSI (uma pessoa que ao longo de um ano civil foi recebeu este apoio social pelo menos uma vez) passou de 23.467 para 17.283.
Em dezembro de 2020, recebiam este apoio social 14.239 pessoas, mais 1.684 do que em dezembro de 2021.
Quanto à verba gasta pela Segurança Social nacional com o pagamento deste apoio social nos Açores, rondou os 17,5 milhões de euros, registando uma “redução muito significativa de 2020 para 2021, de mais de 1 milhão e 500 mil euros, na ordem dos 8%”.
“A prestação média por família, nos Açores, era 273 euros e a prestação média por beneficiário era 84 euros”, frisou Artur Lima.
O vice-presidente do executivo açoriano salientou, por outro lado, que 38% dos beneficiários de RSI nos Açores são “crianças e jovens até aos 18 anos”.
Ponta Delgada e Ribeira Grande, os dois concelhos mais populosos da maior ilha dos Açores, concentravam em dezembro “cerca de 60% das famílias beneficiárias de RSI nos Açores”, num total de 4.639 (1.816 em Ponta Delgada e 1.012 na Ribeira Grande).
“Esta é uma realidade que preocupa o Governo Regional e que nos impele a redefinir estratégias para corrigir desigualdades sociais e combater eficazmente as bolsas de pobreza nestes concelhos”, sublinhou.
Lusa