Açores são “a maior fronteira ocidental marítima atlântica que a União Europeia tem”

O Presidente do Governo Regional disse hoje, em Angra do Heroísmo, e no Dia da Europa, que os Açores representam uma mais-valia para a União Europeia quanto ao seu futuro, relembrando que, com o Brexit e com a saída do Reino Unido, a Região é “a maior fronteira ocidental marítima atlântica que a União Europeia tem”.

José Manuel Boleiro realçou ainda que os Açores já eram, mas que agora são “ainda mais relevantes para um reconhecimento na Europa” por via da “dimensão marítima” das nove ilhas.

O líder do Executivo açoriano falava à margem a uma visita ao Centro de Informação Europe Direct – Açores, no âmbito do Dia da Europa, que se comemora hoje, dia 9 de maio, onde quis “marcar presença com uma mensagem positiva para a representação e a presença dos Açores na União”.

Na qualidade também de Presidente da Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas, Bolieiro fez questão de “saudar a Europa e expressar, no meio do Atlântico, os Açores como Região de cultura e identidade europeia”, destacando que os Açores não são “apenas um espaço da ultraperiferia e que conta com a solidariedade e com as teorias do desenvolvimento da coesão na Europa”.

O Chefe do Executivo Açoriano realçou ainda o facto de Portugal estar a presidir à União Europeia para deixar uma nota ao país de que Portugal “tem relevância geoestratégica dominante pela via do espaço e do mar que também deve aos Açores”.

José Manuel Bolieiro frisou que o Observatório do Ambiente dos Açores sensibiliza para as questões que devem ser centrais nas políticas europeias quanto às alterações climáticas relativas à transição digital e ambiental, destacando que “os Açores têm muito para dar e esperam receber na proporção o muito que tem para dar ao país e à União Europeia”.

O Presidente do Governo Regional disse ainda que na cimeira social, que se realizou este sábado, sob a presidência portuguesa, os Açores afirmaram a sua posição, com o respetivo enquadramento jurídico, para terem uma majoração na atribuição dos contingentes de vacinas pelos estados-membros.

“Apesar de não termos tido resposta favorável ao nosso pedido de majoração por parte da Comissária da Saúde e Segurança Alimentar, somos persistentes e há agora uma espectativa de mais vacinas a distribuir pelos estados-membros, pelo que não vamos deixar cair a nossa reivindicação”, frisou José Manuel Boleiro.

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