Açores têm potencial para exportar leite e carne para novos mercados – secretário de Estado

O secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Nuno Brito, destacou hoje o potencial dos Açores para a exportação de leite, lacticínios e carne em novos mercados, como a China.
“Tendo havido este esforço de abertura de outros mercados, é evidente que os Açores têm também um papel decisivo nesta estratégia de internacionalização e no sentido de encontrar novos rumos e novos mercados para este setor que tem tido um papel tão importante e tão relevante a nível nacional”, salientou.
Nuno Brito falava aos jornalistas no final de uma reunião com o secretário regional dos Recursos Naturais dos Açores, Luís Neto Viveiros, em Angra do Heroísmo, tendo ainda agendadas visitas a empresas das ilhas Terceira e São Miguel para hoje e terça-feira.
O secretário de Estado realçou que os Açores têm  “um papel predominante” nas áreas do leite e lacticínios e da carne, entre outras, salientando que a região produz “cerca de 30% do leite nacional”.
Na abertura de novos mercados, Nuno Brito destacou o exemplo da China, “mercado potencial em leite em pó ou leite UHT ou em queijo e iogurte”, alegando que os Açores são também “a região que mais produz leite em pó” no país.
“Há uma abertura muito grande da China neste setor e sei que houve contactos exploratórios interessantes”, salientou, referindo-se a uma missão da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), no âmbito da qual algumas empresas açorianas se deslocaram à China.
Para o secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar, Portugal tem de apostar em novos mercados e tornar os seus produtos mais competitivos, para fazer face aos custos do transporte, utilizando a imagem de segurança alimentar como “trunfo”.
“Se o Brasil, que está mais longe, coloca a bom preço leite e produtos lacticínios na China; se o Chile, que está mais longe, entrega cereja no Japão, porque é que Portugal também não conseguirá encontrar regimes de competitividade, até porque produz com igual qualidade e com melhor garantia sob o ponto de vista de segurança alimentar, nestes mesmos países?”, salientou.
No setor dos bovinos e da carne, por exemplo, tem existido um interesse especial de países mais próximos de Portugal, do Magreb e do Médio Oriente, segundo Nuno Brito.
Por sua vez, o secretário regional dos Recursos Naturais reconheceu que as dificuldades de transporte têm de ser reapreciadas, admitindo a necessidade de “alguma redução a nível dos custos de produção”, para tornar as empresas e os produtos açorianos mais competitivos.
Luís Neto Viveiros destacou igualmente a necessidade de harmonizar estratégias entre os dois governos (dos Açores e da República) para “encontrar mercados alternativos aos tradicionais”, considerando que a China pode ser “mais um canal de escoamento para os produtos dos Açores”.
“Temos produtos que interessam aos chineses e agora são questões de negociação, de logística, de preços, que estão a ser discutidos”, frisou.

 

Lusa

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here