São dados referentes a 2007, os últimos da secretaria regional da Saúde e estão em conformidade com a média nacional.
A diferença é que, nos Açores, o número de especialidades fica muito aquém de Portugal Continental.
Em 10 anos, 150 novos médicos entraram ao serviço das unidades de Saúde da Região o que significa que, se há 11 anos atrás existiam 365 clínicos, os últimos dados agora conhecidos, apontam para 514, em todo o arquipélago.
Mais de metade dos médicos estão na ilha de São Miguel: são perto de 300 a trabalhar para a maior ilha açoriana, onde, só Ponta Delgada, absorve 90% dos clínicos.
Em segundo lugar, está a ilha Terceira, com um quarto dos médicos existentes na Região Autónoma.
Nas ilhas mais carenciadas de assistência médica estão Santa Maria e Graciosa, que têm 3 e 4 médicos, respectivamente.
No Corvo, com apenas um médico para toda a população, o rácio é de um clínico para cerca de 400 pessoas e, nas outras ilhas e também a nível nacional, a média é de dois médicos por cada 1 000 habitantes.
Na área das especialidades, a realidade é bem diferente: há várias especialidades com carência de profissionais, onde existe apenas um especialista, como é o caso da cirurgia plástica e reconstrutiva, as infecto-contagiosas, a medicina do trabalho, a medicina física e reabilitação, a imunohemoterapia e a UCIP, a Unidade de Cuidados Intensivos Permanentes, especialidades com apenas um clínico para toda a população dos Açores.
Há ainda falta de muitas especialidades no arquipélago, o que obriga muitos açorianos a deslocarem-se ao Continente, como são os casos da cardiologia e cirurgia pediátrica, cirurgia cárdio-torácica, medicina familiar, desportiva, medicina legal, medicina nuclear, tropical, neuro-radiologia, oncologia médica, radioterapia e especialistas em saúde pública.