“Com os novos 80 milhões, vamos poder afinar algumas estratégias com a aplicação especifica dessas verbas”, afirmou aos jornalistas o secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM).
Duarte Freitas falava após uma reunião da comissão especializada do Conselho Económico e Social dos Açores (CESA) para acompanhamento do PRR, que decorreu em Ponta Delgada.
No âmbito da versão inicial do PRR, foram afetos aos Açores 580 milhões de euros para o cumprimento do programa e mais 117 milhões para a capitalização das empresas.
“Já estão nos destinatários finais da região cerca de 90 milhões de euros dos 580 milhões. O que representa cerca de 15%. Mas também dos 117 milhões já estão adstritos a entidades dos Açores cerca de 24 milhões”, detalhou o governante.
Duarte Freitas revelou ainda que o contrato do PRR nos Açores vai ser revisto em janeiro de 2023.
“Com a reformulação que vamos ter a partir de janeiro daquilo que está contratualizado no PRR, vamos poder adaptar melhor o programa à nossa realidade. Isto além dos 80 milhões de euros a mais que vamos ter. Vamos definir quais as grandes linhas de orientação”, reforçou.
O secretário regional reiterou que não existe “incumprimento ou sequer risco de incumprimento” das metas de “classe A do PRR”, que preveem penalizações, reconhecendo que existem “alguns atrasos noutro tipo de metas”.
Segundo disse, aqueles atrasos “são plenamente recuperáveis”.
“Isso é sinal de que as coisas estão a andar. A expectativa é que, no próximo ano, as coisas andem cada vez melhor. Vai-se fazer a renegociação e afinar algumas das coisas que estavam contratadas com Bruxelas em função da nossa realidade”, vincou.
Lusa