“Existe potencial nos Açores para esta atividade”, afirmou José Toste, diretor da Associação Regional de Turismo (ART), que promove este encontro, onde serão debatidas estratégias para a evolução deste setor turístico nos Açores.
José Toste salientou à Lusa que, depois da aposta na observação de cetáceos e nos trilhos pedestres como produtos turísticos, “agora estão criadas as condições para se começar a apostar no mergulho”.
A existência de centros de mergulho em quase todas as ilhas do arquipélago e a profissionalização das empresas que operam nesta área garantem as condições necessárias para essa aposta, frisando o diretor da ART que se tem registado “uma evolução positiva do número de turistas de ano para ano”.
“Este ano registou-se um aumento expressivo, na sequência de uma pequena presença numa feira especializada na Alemanha. No próximo ano, com uma presença mais forte, a captação de turistas para o mergulho nos Açores será ainda maior”, afirmou.
Para José Toste, “é difícil dizer qual a melhor ilha para mergulhar”, frisando que os Açores disponibilizam “uma grande variedade de tipologias de mergulho, que permitem um grande leque de escolhas”.
O mergulho com grandes pelágicos, como o tubarão baleia, em Santa Maria, o mergulho com tubarões no Pico e no Faial ou o mergulho arqueológico na Terceira e em S. Miguel são alguns exemplos dessa variedade.
“Um pouco por todas as ilhas há bons locais para mergulhar”, assegurou José Toste.
A ilha Graciosa, onde vai decorrer entre sexta-feira e domingo a III Bienal de Turismo Subaquático, é um dos melhores locais para mergulhar nos Açores, sendo especialmente conhecida pela excelente visibilidade das suas águas, que chega frequentemente aos 30 metros.
A beleza dos fundos submarinos ao longo da costa é apenas um dos atrativos do mergulho na Graciosa, onde também é possível mergulhar com meros de grandes dimensões ou junto de navios naufragados.
O arquipélago dos Açores oferece uma enorme variedade de locais de mergulho e de geologia de fundo, com uma visibilidade que varia entre 10 e 30 metros.
A origem vulcânica das ilhas açorianas criou uma fisiografia de costa e de fundo muito variada, destacando-se a grande quantidade de túneis, cavernas e grutas, além da diversidade da flora e da fauna.
LUSA