Açores/Mau tempo: Reparação dos estragos ainda decorre três meses após intempérie​s

Passados três meses sobre as intempéries que assolaram os Açores, há trabalhos de reparação a decorrer em várias ilhas e outros que só agora irão começar, por terem sido considerados “menos urgentes”, segundo o Governo Regional.
“Neste momento decorrem em algumas situações a finalização dos trabalhos e em outros casos o início dos trabalhos, nas situações consideradas na altura menos urgentes”, afirmou à Lusa o diretor regional das Obras Públicas, Tecnologia e Comunicações, Bruno Pacheco.
No dia 14 de março, um deslizamento de terras na ilha de S. Miguel no lugar de Burguete, freguesia do Faial da Terra, concelho da Povoação, soterrou total ou parcialmente três casas e matou três pessoas. No mesmo dia, o transbordo de duas ribeiras na freguesia de Porto Judeu, Angra do Heroísmo, na Terceira, desalojou dezenas de famílias e danificou habitações, viaturas e diversas infraestruturas.
O mau tempo que assolou o arquipélago durante o inverno, com deslizamentos e enxurradas, causou ainda estragos noutras ilhas, nomeadamente em estradas regionais e habitações particulares.
“Estão a decorrer trabalhos na estrada regional da Ribeira Quente (S. Miguel), intervencionada ao nível dos taludes. Temos também intervenções em curso na Terceira, para início dos trabalhos na zona do Porto Judeu. Estamos a preparar o terreno para dentro em breve restabelecer a estrada regional que ficou danificada”, revelou Bruno Pacheco.
O diretor regional adiantou, ainda, que “dentro de alguns dias” o Executivo dará início ao procedimento para reparação da estrada regional que dá acesso à Fajã Grande, na ilha das Flores, e que já foi concluída a reparação da estrada regional no Castelo Branco, no Faial.
Os trabalhos em curso na ilha Graciosa numa estrada regional também estão em fase de finalização.
Há três meses, o Governo dos Açores estimou que os prejuízos identificados ascendiam aos 35 milhões de euros, sendo 90% em infraestruturas e zonas tuteladas pelo executivo regional que, apesar disso, não contou com a solidariedade nacional para proceder às intervenções necessárias. Os restantes 10% de prejuízos foram em áreas e equipamentos da responsabilidade das autarquias.
 “Naquelas intervenções que estão sobre a nossa alçada, desde limpezas a pequenas reparações, nós alocamos recursos que estavam alocados a outras intervenções para podermos socorrer a situação no imediato”, afirmou Bruno Pacheco, acrescentando que tem consciência que “para a total reparação dos danos causados pelas intempéries os valores vão disparar”.

 

Lusa

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