Teófilo Braga substituiu Manuel Arraiga a 14 de maio de 1915. Contudo, acabaria por ser um Presidente de transição, por apenas quatro meses.
O terceiro Presidente da I República foi Bernardino Machado, que ocupou por duas vezes a chefia do Estado, entre 1915-1919 e 1925-1929, não tendo cumprido nenhum dos mandatos até ao fim.
Sidónio Pais foi o quarto Presidente e o primeiro a ser eleito por sufrágio direto e universal. O mandato acabaria por ser interrompido oito meses mais tarde com o seu assassinato na estação do Rossio.
João do Canto e Castro foi o ‘inquilino’ seguinte do Palácio de Belém. Depois de um mandato marcado por revoltas e tentativas de restauração monárquicas, a 05 de outubro de 1919 passou o testemunho a António José de Almeida, o médico que acabou por ser o único chefe de Estado da I República que cumpriu os quatro anos de mandato estabelecidos na Constituição.
Manuel Teixeira Gomes teve depois um mandato marcado pela instabilidade governativa, acabando por se demitir em 1925, dois anos depois de tomar posse.
Mendes Cabeçada assumiu de seguida a chefia do Estado, mas por escassas semanas, acabando afastado do cargo por Gomes da Costa, que liderou no final de maio o golpe militar que a partir de Braga pôs fim à I República.
Gomes da Costa ocupou a chefia do Estado e do Governo entre 17 de junho e 9 de julho de 1926, altura em que foi deposto por Óscar Carmona e Sinel de Cordes.
Eleito Presidente da República por decreto de 1926, Óscar Carmona recorreu às urnas dois anos depois para legitimar o seu poder. Foi reeleito em 1935 e 1942, mantendo-se no cargo até à morte, a 18 de abril de 1951.
Em pleno regime salazarista, o nome escolhido para suceder a Óscar Carmona foi o de Craveiro Lopes, que cumpriu apenas um mandato, até 1958.
Eleito pela primeira vez a 8 de junho de 1958, Américo Tomás foi depois reeleito em 1965 e 1972, por colégio eleitoral, mantendo-se em Belém até ao dia 25 de abril de 1974, quando foi derrubado pelo Movimento das Forças Armadas.
Já em democracia, António Spínola foi nomeado Presidente da República pela Junta de Salvação Nacional a 15 de maio de 1974, demitindo-se menos de seis meses depois.
Costa Gomes assumiu de seguida a chefia do Estado, também por indicação da Junta de Salvação Nacional, mantendo-se em Belém até 14 de julho de 1976.
Dando início a uma época de estabilidade na Presidência da República, Ramalho Eanes foi eleito a 27 de junho de 1976.
Cinco anos mais tarde, foi reeleito para um segundo mandato, que terminou a 09 de março de 1986, altura em que Mário Soares assumiu a chefia do Estado, depois de umas eleições renhidas e só decididas à segunda volta.
Soares foi mais tarde reeleito para um segundo mandato, que cumpriu entre março de 1991 e março de 1996. Dez anos depois, ainda se candidatou a um terceiro mandato, mas acabou derrotado pelo atual Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.
Em 1996, Jorge Sampaio chegou a Belém e também ele cumpriu a ‘tradição’ candidatando-se para um segundo mandato cinco anos mais tarde, eleição que venceu sem dificuldades.
A 09 de março de 2006 teve início o primeiro mandato do atual chefe de Estado, que cumpre agora os últimos cinco anos em Belém, depois da reeleição que garantiu no início deste ano.
Lusa