O Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP Açores Artur Lima afirmou, esta terça-feira, que o PS e o PSD são o “FMI português” porque “já cortaram salários, congelaram promoções e progressões, congelaram pensões, aumentaram impostos”, lamentando que alguns dirigentes do PS/Açores sejam, neste momento, “veículos de transmissão da mentira, da mitomania e da propaganda política inaceitável” que José Sócrates faz.
No arranque dos trabalhos parlamentares deste mês, na cidade da Horta, Lima comparou o Congresso Nacional do PS “a um congresso de uma qualquer igreja, em que o pastor, o Zé, punha a mão na testa e caiam todos hipnotizados: Zé, és o maior; Zé, força estamos contigo; estamos todos à beira do abismo, atira-te Zé que nós vamos contigo. Vão todos atrás do Zé, mas vão sozinhos, deixem ficar os outros”.
O Líder Parlamentar popular fez questão de lembrar que “a crise não surgiu agora, começou em 2008 quando o PS a negava com toda a força. Já o FMI dizia que Portugal estava em recessão e o PS dizia que não era verdade”.
Mas Artur Lima não critica só o PS: “O PSD não pode agora surgir como virgem impoluta, porque aprovou todos os PEC’s, toda a austeridade, o Código Contributivo. PS e PSD sempre se entenderam até aqui e vão entender-se depois das eleições, até porque o Dr. Passos Coelho assume que está disponível para um governo de bloco central, mas sem José Sócrates”.
Em síntese, os populares pedem apenas ao PS “para acabar com a mentira” e ao PSD “para assumir as suas responsabilidades” enquanto “avalista” da governação de José Sócrates