A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) recomendou hoje a presença em permanência de dois membros da tripulação nos ‘cockpits’ dos aviões, na sequência do acidente do Airbus A320 da Germanwings.
Numa “recomendação temporária” divulgada no seu ‘site’, a agência afirma que “as companhias devem assegurar que pelo menos dois tripulantes, incluindo pelo menos um piloto qualificado, estejam no ‘cockpit’ durante todo o voo”.
Para a EASA, as companhias devem “reavaliar os riscos (…) associados ao facto de um membro da tripulação abandonar o ‘cockpit’ devido a necessidades operacionais ou fisiológicas”.
A agência precisa que a recomendação decorre da “informação atualmente disponível” sobre “o dramático acidente do voo 4U 9525 da Germanwings” e que “pode ser revista à luz de qualquer nova informação relativa ao acidente”.
“Enquanto ainda estamos a manifestar o nosso pesar pelas vítimas, todos os nossos esforços devem centrar-se em aumentar a segurança de passageiros e tripulações”, afirma o diretor-executivo da EASA, Patrick Ky, citado no texto.
A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA), com sede em Colónia (Alemanha), é a agência da União Europeia responsável pela regulação da aviação civil.
A análise da gravação dos sons do ‘cockpit’ do avião da Germanwings que se despenou nos Alpes franceses concluiu que o piloto se ausentou do ‘cockpit’, provavelmente para usar a casa de banho, e foi impedido de voltar a entrar pelo copiloto, que bloqueou a porta.
Nesse período, o copiloto acionou deliberadamente o processo de descida do avião, ignorando as pancadas na porta, as tentativas de comunicação da torre de controlo e os alarmes do próprio aparelho.
O avião acabou por embater numa montanha, nos alpes franceses, matando todas os 144 passageiros e seis tripulantes a bordo.
Lusa