“Queremos saber que medidas pretende o Governo dos Açores tomar em relação às empresas do setor do turismo”, declarou o presidente da Comissão de Turismo da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD), Luís Cogumbreiro.
Nos últimos meses, o setor o turismo tem vindo a registar taxas de crescimento negativas na Região Autónoma dos Açores com impactos que têm conduzido ao encerramento de hotéis.
Luís Cogumbreiro admitiu que não existem “medidas miraculosas” para sair da crise em que se encontra o setor, mas referiu que não se pode “ficar de braços caídos”.
“Temos que tomar medidas mesmo correndo o risco de algumas não surtirem efeitos imediatos. Não podemos deixar passivamente que o tempo passe e urge tomar decisões”, declarou Luís Cogumbreiro.
O presidente da Comissão de Turismo da CCIPD sublinhou que o atual responsável pelo turismo do Governo dos Açores, Vítor Fraga, manifestou uma “grande vontade” desde o início para dialogar com a CCIPD, surgindo nesse contexto o memorando.
Luís Cogumbreiro apontou uma “contínua quebra” no fluxo de turistas para os Açores, designadamente do mercado emissor nacional, contrariamente ao caso da Alemanha, que “tem subido” e é o “maior mercado” do setor nos Açores.
Os agentes do setor do turismo querem uma clarificação sobre uma eventual remodelação na Associação de Turismo dos Açores, na sequência de notícias veiculadas pela comunicação social que apontam para a substituição dos seus atuais titulares.
“Já houve várias notícias sobre uma eventual reestruturação que não foram confirmadas. Não sabemos de que forma isso será feito. Agora o que não há dúvida é que o trabalho que tem sido desenvolvido nos últimos dois anos tem sido meritório. Estava tudo no bom caminho. No entanto, foi anunciada e não desmentida uma reestruturação. Obviamente que não podemos ficar muito mais tempo sem ter uma definição”, declara Luís Cogumbreiro.
Outro dos pontos do memorando enviado ao Governo dos Açores diz respeito à transportadora aérea Sata, que deverá registar a entrada de novos administradores.
Segundo Luís Cogumbreiro, a transportadora aérea açoriana deve “estar ao serviço dos Açores” com base numa “coordenação total”.
Lusa
