Os produtores agrícolas açorianos estão prontos para irem para a rua manifestarem-se, contra o que consideram ser uma situação limite na lavoura açoriana.
A “ameaça” foi deixada hoje em conferência de imprensa por Jorge Rita, presidente da Associação Agrícola de São Miguel e da Federação Agrícola dos Açores, que acusou o Governo Regional de não ter acautelado em Bruxelas um valor superior a sete milhões de euros, que deveria ter sido acrescentado ao valor do POSEI.
O montante em causa é o equivalente ao aumento dos rateios, que não foi segundo José Rita, calculado pelo Governo Regional. “Quando se incentiva o aumento da produção da carne e do leite, já se sabe que vai haver rateios”, adianta, e esse valor não foi previsto no POSEI nem considerado no Orçamento da Região, esperando da parte do Governo Regional uma solução para o problema, pois “a expectativa dos produtores era de receber o mesmo por unidade, e não receber menos”.
“Os agricultores passam pela pior fase dos últimos 20 anos”, alerta o presidente da Federação Agrícola, reconhecendo que esperava mais do Secretário Regional da Agricultura, a quem tece duras criticas.
“Estar na agricultura não é como estar na Açorline”, diz Rita. “Não é por visitar todas as capelinhas que vai dominar a agricultura”, os “produtores precisam de um Secretário que atue, que esteja atento e que esteja ao lado dos agricultores, não naquilo que diz, mas naquilo que tem de fazer”, defendeu Jorge Rita.
A Federação Agrícola dos Açores aguarda agora uma reunião já agendada com o Governo Regional garantindo que o sector está preparado para lutar por aquilo que defende, em todas as ilhas.
Açores 24Horas / SM