AHP estima que faltem 15.000 trabalhadores na hotelaria

O presidente da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), Raul Martins, disse hoje que a realização de um estudo sobre a escassez de mão de obra no setor aponta para a falta de 15 mil trabalhadores nos hotéis.

Na conferência de imprensa que antecede o início dos trabalhos do 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela AHP, e que vai decorrer até sexta-feira em Albufeira, Raul Martins explicou que o número tem origem numa estimativa com base nas conclusões preliminares de um estudo que a associação levou a cabo junto dos associados e que irá apresentar após o congresso.

De acordo com a vice-presidente da AHP, Cristina Siza Vieira, responderam ao inquérito – “uma amostra não extrapolada” – 60% dos associados, representativos de 35 mil quartos. Ou seja, 400 hotéis, cujas “necessidades atuais revelaram 7.200 trabalhadores em falta”. Raul Martins acredita que tendo em conta a totalidade das unidades hoteleiras em Portugal – 1.200 – “estima-se, fazendo uma proporção, que faltem 15.000 trabalhadores” aos hotéis a operar no mercado nacional.

Cristina Siza Vieira disse ainda que das respostas recebidas, “cerca de dois terços” referem que a maior necessidade de trabalhadores se prende nas áreas de “receção, mesa e cozinha”.

Depois há algumas especificidades por regiões. Por exemplo, “em Lisboa aponta-se muito para a falta de trabalhos na área de recursos humanos e administrativos”, enquanto no Norte “faltam trabalhadores nos SPA”.

Em 25 de setembro, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) admitiu, em entrevista à Lusa, que o problema de falta de recursos humanos existe, porque até estava a ser ‘sexy’ trabalhar no setor, mas com a pandemia “tudo ficou congelado”.

 

 

 

Lusa

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