O presidente da Câmara da Ribeira Grande, Alexandre Gaudêncio, lamentou esta terça-feira, pelo que considera ser a “constante e sucessiva falta de informação que deveria ser disponibilizada pela Autoridade de Saúde Regional à autarquia e ao serviço municipal de Proteção Civil com o propósito de melhor agilizar procedimentos tendo em vista a salvaguarda dos munícipes.”
A indignação do autarca da Ribeira Grande não é de agora mas ganhou novos contornos “quando soubemos que reclusos libertados furaram o período de quarentena, em São Miguel, e conseguiram, inclusivamente, visitar familiares, colocando em risco de contágio largas dezenas de pessoas.”
Alexandre Gaudêncio reforçou ser “absolutamente lamentável que a autarquia esteja empenhada em prestar apoio social a quem se encontra em situação vulnerável ou a adotar medidas de apoio à economia local e ver-se confrontada com falhas que não são da sua responsabilidade mas que podem colocar em causa todo o trabalho desenvolvido”, e apela à Autoridade de Saúde Regional para que “partilhe informação relevante com a autarquia para que o esforço de todos não seja colocado em causa pela teimosia de alguns, pois só com canais comunicacionais claros poderemos todos remar para o mesmo lado na salvaguarda da saúde dos açorianos em geral.”
O presidente da Câmara da Ribeira Grande destacou que “todos os dias somos confrontados com pedidos de informação por parte dos munícipes sobre os casos de infeção por covid-19 existentes no concelho mas só sabemos os números que a Autoridade de Saúde Regional debita nas conferências de imprensa diárias.”
Para Alexandre Gaudêncio, este é um “comportamento desrespeitoso para quem também está no terreno a trabalhar diariamente para que nada falte à população”, exigindo da parte da Autoridade de Saúde “mais sensibilidade e preocupação na forma como ainda poderá evoluir na comunicação com a autarquia.”