O queijo e as conservas são os mais recentes alvos dos alertas da Food and Drugs Administration – o que obriga que estes produtos sejam retidos à entrada nos EUA, para posteriores análises.
O professor José Matos, da UA, diz que não é por falta de qualidade dos produtos dos Açores.
Dois dos alertas afectam o queijo importado das fábricas de São Jorge, dos Lourais, Uniqueijo e Finisterra e também da cooperativa da ilha do Faial.
A Companhia dos Açores, empresa exportadora, também surge na “lista negra” norte-americana, que obriga que esses produtos sejam retidos nas alfândegas para posterior quarentena e análise.
Os dois alertas sobre as importações de queijo são justificados com a detecção de listeria em alguns produtos ou com receios de contaminações microbiológicas.
O terceiro alerta recai sobre conservas – na lista surge a Sociedade Corretora, de São Miguel, e o aviso foi emitido a 14 do corrente mês, obrigando à retenção dos produtos para análises à acidez da conserva.
As autoridades norte-americanas têm reemitido esses avisos nos últimos anos, afectando a imagem dos produtos açorianos nos mercados internacionais, particularmente, o norte-americano.
Por essa razão, o professor da Universidade dos Açores, José Matos defende uma suspensão na exportação para os Estados Unidos da América.
O especialista em tecnologias de alimentação diz que o problema dos produtos açorianos não é a falta de qualidade: o que está em causa são normas diferentes das que estão em vigor na União europeia e que, enquanto assim acontecer, é melhor salvaguardar a imagem dos Açores.
Para o especialista, é preferível não exportar e, em alternativa, encontrar novos mercados, em particular, para o queijo de São Jorge, produzido com leite cru e que não cumpre as normas em vigor nos Estados Unidos da América.