A Associação de Alojamento Local dos Açores (AALA) considerou hoje que as perspetivas para o início de 2024 “não são animadoras”, face a um inverno “muito difícil” ditado pela redução da operação da Ryanair.
“Teremos um inverno muito difícil, com a redução da oferta da Ryanair, sendo que o principal impacto será sentido no primeiro trimestre, com valores a atingir os 30% de redução”, afirma a AALA, em nota de imprensa de balanço de 2023 e perspetivas para 2024.
A associação salvaguarda, contudo, que “se para o início do ano se perspetiva um primeiro trimestre difícil, já a época alta deverá ser bastante forte”, sendo “possível antever um novo recorde de dormidas nos alojamentos locais da região, tendo também em conta que as reservas estão a acontecer com muita antecedência”.
A associação vai “continuar a reivindicar a necessidade de promover uma melhor distribuição do fluxo de passageiros desembarcados nos Açores, contribuindo assim para a inversão da evolução negativa registada em algumas das nove ilhas”.
Para a AALA, o ano de 2023 “fica, desde logo, marcado pelo programa Mais Habitação, que previa a implementação de uma Contribuição Extraordinária do Alojamento Local (CEAL), aplicável ao Alojamento Local (AL) de todo o país”.
“Nesta matéria, e tendo em conta as especificidades dos Açores, a AALA considerou, desde o início, uma injustiça a possível aplicação da CEAL à região, tendo, por isso, iniciado uma ronda de reuniões com os grupos e representações parlamentares da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) para sensibilizar os deputados para a necessidade de alterar ou eliminar esta injustiça”, refere a associação.
Como nota positiva, a associação aponta ter-se ultrapassado um milhão de dormidas em alojamento local, um “momento importante para a sua afirmação como tipologia com grande procura no alojamento na região”.
“Este ano, o milhão de dormidas foi ultrapassado ainda mais cedo do que em 2022”, frisa-se.
A AALA aponta como negativo o encerramento da base da operadora aérea Ryanair em Ponta Delgada, o que “culmina numa inversão da trajetória positiva do ano, com uma redução muito significativa na oferta de lugares disponíveis”.
Lusa