O deputado do PS/Açores, Lizuarte Machado, garantiu hoje que a posição da bancada socialista e do Governo Regional sobre o transporte marítimo de mercadorias está definida há muito tempo, a qual defende que só se deve alterar o actual sistema se for para melhorar o abastecimento a todas as ilhas.
“O PS tem, desde sempre, uma posição definida e clara sobre esta matéria, que passa por não introduzir pontos de ruptura num sistema que funciona, que é auto-suficiente e que responde com eficácia, para já, às nossas necessidades”, salientou Lizuarte Machado, no plenário que está a decorrer na cidade da Horta.
O parlamentar socialista, que falava numa interpelação ao Governo Regional dos Açores sobre o transporte marítimo de carga nos Grupos Central e Ocidental, adiantou, ainda, que não se pode descurar a possibilidade deste sistema ser melhorado.
“Não há aqui nenhuma divergência nem dois entendimentos sobre esta matéria”, afirmou Lizuarte Machado, para quem é “evidente que o sistema funciona, que não é um problema” para o abastecimento aos Açores.
“Mas é verdade, também, que não é o melhor do mundo, o que quer dizer que pode a vir melhorado no futuro”, disse Lizuarte Machado, no primeiro dia de trabalhos parlamentares do plenário de Abril.
Segundo disse, esta deve ser sempre a “nossa preocupação, na perspectiva de uma cada vez maior racionalidade, diminuição de custos e menor tempo de permanência das cargas no navio”.
Lizuarte Machado adiantou ainda que, no âmbito deste tipo de preocupações, deve-se colocar questões ao mercado, como a razão porque não implementar, ainda com maior racionalidade, algumas melhorias neste próprio sistema.
“Podemos, ainda, pensar na possibilidade de um dos navios que, semanalmente, saem dos portos do continente seguir directo aos portos do Grupo Central”, afirmou.
Assegurou, também, que o Governo Regional dos Açores tem trabalhado sempre na melhoria deste sistema, apontando o exemplo dos fretes que, desde 1995, sofreram sempre um crescimento nominal negativo.
“Por iniciativa do Governo Regional, foi possível encontrar uma plataforma de entendimento entre todos os agentes envolvidos no sector para que, em 2010, os fretes não sofressem qualquer alteração”, concluiu Lizuarte Machado.