Vasco Cordeiro, que falava no final de uma visita à Cerâmica Vieira, na Lagoa, em S. Miguel, que assinala este ano o 150.º aniversário, salientou que a reforma do sistema de incentivos para este setor pretende “valorizar o artesanato como atividade com importância económica.
Nesse sentido, uma das principais alterações está relacionada com o alargamento do universo de potenciais beneficiários, que deixam de ser apenas os artesãos e passam a abranger também qualquer entidade que se dedique ao artesanato e à sua promoção.
Por outro lado, também se registaram mudanças ao nível na natureza dos incentivos, que antes eram comparticipações em empréstimos e agora passam a ser subsídio não reembolsável.
Outra alteração está relacionada com as despesas elegíveis, que passam a poder incluir o investimento nos equipamentos ou as despesas com a promoção do artesanato.
No ano passado, os apoios nesta área totalizaram cerca de 200 mil euros e beneficiaram 149 artesãos em todo o arquipélago, esperando o executivo que este ano esse apoio possa ser alargado devido às alterações introduzidas no sistema de incentivos.
A Cerâmica Vieira, hoje visitada pelo secretário regional da Economia, foi fundada em 1862 e é a única fábrica de cerâmica vidrada existente nos Açores.
Esta unidade, onde trabalham 12 pessoas, fabrica as peças da tradicional ‘Louça da Lagoa’ com processos artesanais, desde a moldagem na roda do oleiro até à pintura manual.
A fábrica é propriedade da mesma família desde a sua fundação, estando atualmente a ser dirigida pela quinta geração.