Investigação leva à descoberta de mais cinco genes responsáveis pela doença de Alzheimer. Prevê-se que dentro de 10 anos possam ser criados medicamentos que reduzem riscos desenvolver a doença, com uma redução de 60 por cento dos casos.
Uma gigantesca investigação, que envolveu dois consórcios e 300 cientistas, permitiu descobrir mais uma mão cheia de genes que levam ao desenvolvimento de Alzheimer, doença que afeta 13 por cento das pessoas com mais de 65 anos e até metade dos idosos com mais de 85.
Esta pesquisa, que será publicada na revista Nature Genetics, levou a que os cientistas chegassem mais além nas causas da doença, num processo chamado “endocitose”, que consiste no transporte de moléculas para o interior de uma célula.
Segundo Julie Williams, investigadora do consórcio da Universidade de Cardiff, “há sinais de que a endocitose cumpre um papel fundamental no desenvolvimento da doença”.
Assim, com estes dados, Julie Williams prevê que “dentro de 10, 15 anos” já estejam no mercado “medicamentos capazes de prevenir Alzheimer”, travando os efeitos nefastos das diversas variações genéticas agora descobertas e que são responsáveis pelo desenvolvimento da doença.
Com estes cinco, aumenta para 10 o número de genes já descobertos pela comunidade científica. A investigadora considera que, “se for possível controlar os efeitos nocivos destes genes”, a doença seria reduzida “em cerca de 60 por cento”.
in CiberJunta