A AMI-Núcleo da Horta, apresentou esta quarta-feira, no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional, João José da Graça, a obra “De Mafra ao Maiombe”.
«Ao meu filho João Carlos, desejando que nunca tenha de viver experiência idêntica», a frase do prefácio da obra encerra em si as inquietudes de quem viveu de perto a Guerra Colonial, guardando até á sua escrita, memórias que as letras ajudaram a exorcizar.
“De Mafra ao Maiombe”, de Carlos Manuel S. Arruda é o testemunho de um passado que se revive hoje em outros palcos mundiais, confrontando o leitor com a ambivalência da honra da farda que se veste, a memória quente dos cheiros e cores de uma terra que inquestionavelmente “ficou na pele “ e a pergunta constante do porquê da guerra em si.
Carlos Manuel S. Arruda, nasceu em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, frequentou o Liceu Antero de Quental e licenciou-se em Medicina pela Universidade de Coimbra, tendo-se especializado em Ortopedia. Cumpriu o S. Militar de 1966 a 1970, como alferes miliciano, com comissão de serviço em Angola, integrado no Regimento de Infantaria 22, em Sá da Bandeira, e no Batalhão de Caçadores 11 «Gorilas do Maiombe», no enclave de Cabinda. Foi ferido em combate.