André Bradford considera que “a Política de Coesão é um património da União Europeia”, mas que não deve ser encarada como “um dado adquirido”, principalmente quando há na Europa “uma tendência crescente de partidos que não reconhecem a sua importância e que podem por esses valores em perigo ser ganharem relevância política para isso”.
O candidato do PS/Açores ao Parlamento Europeu falava esta quarta-feira, depois de ter reunido com os representantes da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores (AMRAA) e com a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), que “ao nível da Política de Coesão, são um parceiro muito relevante na execução de Fundos Comunitários, em projetos que têm impacto concreto na vida das pessoas, de forma transversal, em várias áreas”, disse.
André Bradford e os representantes do poder local partilham a preocupação quanto ao próximo Quadro Comunitário de Apoio, que está a ser negociado, em concreto, “quanto à possibilidade de se manter o esforço de financiamento da Política de Coesão, não só do ponto de vista global na Europa, mas em particular no caso das Regiões Ultraperiféricas e dos Açores”.
Como recordou o socialista, “no Quadro Comunitário em vigor a taxa de cofinanciamento é de 15%, ou seja, a Região e os Municípios precisam de entrar apenas com 15% do valor global para que um determinado projeto se realize”. No entanto, se a Política de Coesão fosse alterada de acordo com a proposta da Comissão, “teriam de entrar com 30% para que o mesmo projeto e no mesmo montante se realizasse”, acrescentou.
Neste cenário, André Bradford considera que “é muito importante que os Açorianos percebam o que está em jogo nesta fase e deem força aos seus representantes no Parlamento Europeu, na defesa da Política de Coesão”, realçando a importância que estas eleições podem ter para os Açores.“O voto em alguém que representa os Açores e que o faça com essa preocupação de manter a Política de Coesão e os níveis de financiamento da Política de Coesão é um voto que interessa, particularmente, aos Açores e que defende os Açores”, afirmou.
A 26 de maio Portugal vai às urnas eleger 21 eurodeputados.