O primeiro-ministro afirmou hoje que espera colocar em prática no próximo ano o “contrato de geração”, possibilitando que um trabalhador mais idoso receba reforma parcial desde que seja criado um novo emprego para um jovem.
Este foi um dos poucos anúncios deixados por António Costa na entrevista à SIC conduzida pelo jornalista José Gomes Ferreira, depois de questionado sobre a pressão das forças da esquerda parlamentar (PCP, BE e PEV) para acabar progressivamente com as penalizações por reformas antecipadas de cidadãos com mais de 60 anos.
“Não há condições financeiras para que se aceitem antecipações [de reforma] sem qualquer tipo de penalização. Mas vamos progressivamente reduzir as penalizações”, vincou o líder do executivo.
Depois, António Costa falou numa medida de compensação que consta do atual Programa de Governo, mas que tem sobretudo impacto ao nível do emprego jovem – e que “gostaria muito” de aplicá-la já em 2018.
“Queremos acelerar o ‘contrato de geração’, pelo qual se permite a uma pessoa que possa ter uma reforma a tempo parcial, em contrapartida de haver um posto de trabalho permanente criado para um jovem”, declarou.
Segundo o primeiro-ministro, esta “é uma medida que visa combater o desemprego jovem e facilitar a transição de gerações nas empresas, sem haver a saída precipitada de trabalhadores com experiência acumulada”.
Lusa / Foto de Arquivo ( Lusa)